Madonna faz show em São Paulo


Créditos: fotorionews

Comemorando 30 anos de carreira, Madonna deu vida a inúmero hits que a fizeram, merecidamente, receber o apelido de Rainha do Pop. Mas, os fãs que foram a primiera apresentação da norte-americana em São Paulo, na noite desta terça-feira (04), no estádio do Morumbi, tiveram uma grande surpresa: Madonna retirou de seu setlit a clássica Like a Virgin e deixou muitos fãs frustados.  

Não é novidade que seu mais recente trabalho, MDNA, disco que dá nome a turnê, não emplacou muitos hits, além de não ser um sucesso absoluto de vendas e muito menos de crítica. Detalhes que fazem toda a diferença, pelo fato da cantora optar por montar um repertório para a apresentação focado no (fraco) álbum. Das doze faixas, sete estão no show. E, se as músicas não empolgam o suficiente, o espetáculo visual é de cair o queixo. 

Um público de 58 mil pessoas acompanhou atentamente Madonna encher a boca para falar palavrões em português, tirar a roupa e perguntar se ‘ainda está gostosa’ e fazer seu típico discurso pela paz e a queda dos preconceitos. Ao som da sequência de Girl Gone Wild, RevolverGang Bang, a cantora subiu ao palco e protagonizou cenas de um filme de ação: armas para todos os lados, muitos estampidos de tiros, lutas milimetricamente coreografadas, com muito sangue e cenas violentas. 

“Vocês estão prontos? Quero ouvir todo mundo cantando”, disse ela antes de apresentar o primeiro sucesso da noite Papa Don’t Preach, que é cortado ao meio por outro hit Hung Up. O primeiro momento de empolgação genuína do público chega com Express Yourself, quando a cantora canta o refrão do hit de Lady Gaga, Born This Way, que soa como uma bela provocação e mostra a grande semelhança entre as faixas. Para deixar sua intenção ainda mais clara, a Rainha do Pop completa o medley com She’s Not Me, do álbum Hard Candy, em que fala de mulheres que nunca serão iguais a ela.

O momento de excitação logo é dissipado com a combinação de quatro faixas: Give Me All Your Luvin’, Turn Up the Radio, Open Your Heart e Masterpiece, todas com seus devidos apelos visuais, mas deixam a desejar, tanto por não funcionar bem ao vivo quanto pela falta de intimidade e identificação dos fãs com as canções. 

Após a sequência, quando Madonna deixa o público com um vídeo de Justify My Love e retorna usando seu icônico sutiã pontiagudo para apresentar Vogue, a plateia volta a se empolgar. O ponto alto do show ficou por conta Like a Prayer, quando o estádio veio abaixo, holofotes iluminavam a empolgada arquibancada, a Rainha do Pop exibiu um sincero sorisso de satisfação e nenhum elemento de cenografia ou coreografia falou mais alto do que o mais importante em um show: a música. 

A escolhida para encerrar o show foi Celebration, single da coletânea de mesmo nome lançada em 2009. Apesar do esforço da norte-americana para manter a mesma energia da execução de Like a Prayer, o show terminou com uma estranha sensação de vazio, que não pode ser preenchida nem mesmo com o belo apelo visual do espetáculo. Faltaram grandes sucessos como Music, Don’t Tell MeHoliday e Ray of Light, além da sinergia que bons hits proporcionam entre público e atração em um estádio lotado. 


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Madonna faz incrível espetáculo visual em São Paulo, mas repertório decepciona

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