A banda de rock instrumental Macaco Bong é uma das atrações do festival Humaitá Pra Peixe, que acontece a partir do dia 4 de janeiro, no Rio de Janeiro. Por telefone, o Virgula Música bateu um papo com o guitarrista Bruno Kayapy, que falou sobre a banda, o festival e outras cositas más.

Como surgiu a oportunidade de tocar no festival Humaitá Pra Peixe?
Chamaram, foi um lance. Eu fui o último a ficar sabendo. Gabriel, um dos organizadores, mandou um e-mail para a gente, convidando para o festival. É a segunda vez que tocamos no Rio. Na outra vez, tocamos festival do Laboratório Pop [revista].

Qual a importância que vocês atribuem ao festival?
É uma oportunidade de levarmos a tecnologia do Circuito Fora do Eixo, a sonorização do [Instituto] Espaço Cubo, que promove o festival Grito Rock, em 50 cidades do país, mais Argentina e Montevidéu [Uruguai]… Vamos mais para somar. Promover a troca de know-how com os demais agentes de bandas.

Como surgiu a idéia de fazer um som não-cantado?
Todo mundo da banda canta mal pra caralho. A gente até tentou no começo, mas não deu muito certo. Então, ‘a guitarra’ virou o vocalista. A perspectiva da guitarra é preencher dentro da fonética do instrumento.

Qual a mensagem que vocês pretendem passar com a música que produzem?
Várias. A principal é “artista igual pedreiro”, o foco principal do nome é desmistificar ao ouvinte que o músico não é superior. Normalmente, alguém que ouve e gosta da banda, acaba idolatrando. Nós queremos trazer a proposta do músico para o cotidiano.

Outra coisa que buscamos transmitir é que com passos dados você vai atingindo metas. O ponto básico é isso: planejar e executar. E tem o que chamamos de rock erótico instrumental, que é o fato da música atingir certa sexualidade: ela possui uns picos, umas partes que estão em cima e outras que estão embaixo, como um ato sexual.

O que vocês acham de outras bandas que, como vocês, fazem um som instrumental?
Tem a banda Hurtmold que curtimos bastante o som dos caras e queremos traze-los para o festival Grito Rock, outras boas são a Pata de Elefante, Retrofoguetes, Elma, Fóssil… O interessante é notar que nessa coisa da música instrumental independente cada um segue uma vertente diferente.

Em que lugares vocês já se apresentaram?
Nós recebemos convites para tocar em vários festivais. Em dezembro de 2006, fizemos uma espécie de miniturnê pelas casas noturnas de São Paulo. Tocamos um mês direto em vários lugares como o CB Bar, Studio SP, Inferno, Outs…Em 2007, tocamos também no Milo Garage.

Qual é o momento atual da banda?
Estamos em um momento bem bacana, até poderia dizer que é impossível melhorar. A gente gravou o disco agora [Artista igual Pedreito], lançando parceria com o Circuito Fora do Eixo, vamos fazer show em Buenos Aires e no Goyazz Jazz Festival. Entramos o ano com chave de ouro. Estamos recebendo uma resposta bem bacana pelas oportunidades que estão aparecendo.

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Macaco Bong fala sobre festival Humaitá Pra Peixe e outras cositas más