Para quem acompanha a carreira de Luiza Possi desde o começo, é notável a guinada musical que seu último trabalho representou.
Bons Ventos Sempre Chegam, de 2009, apresentou uma Luiza muito mais madura e autoral. Ela assina seis das 13 faixas, com participações especiais de musicos de peso como Dudu Falcão, Samuel Rosa, Chico César e Paulinho Moska.
A cantora lançou seu primeiro álbum, Eu Sou Assim em 2002. De lá para cá foram mais três álbuns de estúdio e um DVD Ao Vivo.
Nesse clima de tranqüilidade e alto astral, Luiza conversou com o Virgula Música sobre as mudanças na sua carreira, como é ser filha de Zizi Possi, sonhos e planos para o futuro:
Seu novo álbum mostra uma Luiza mais madura e independente, como se deu esse processo de transição?
Eu sempre gosto de pensar que meu melhor ainda está por vir. Quando eu comecei a gravar em 2001, era muito novo ainda, por isso fiz um som pop no meu primeiro trabalho, acho que tudo é reflexo das fases da vida. Tenho um irmão de dezesseis anos e esses dias estava pensando que comecei minha carreira com a idade dele, eu era realmente bem novinha.
Falando um inflências, o que você gostava de ouvir quando era mais nova e acredita que pode ter infuenciado no seu trabalho?
Música sempre foi a minha vida, tava aqui arrumando a casa e ouvindo música quando você me ligou. Faço tudo ouvindo música, dirijo com música, quando eu era mais nova, fiquei conhecida como “a menina do disckman amarelo” no bairro em que eu morava no Rio de Janeiro. Gostava muito de Michael Jackson, Steve Wonder, No Doubt e Alanis.
E suas influências nacionais, quais são?
Chico Buarque, gosto muito do Chico. Tinha um disco do Caetano Veloso, Circulado de Fulo, lembro que ouvia muito esse, também adoro a Marisa Monte.
Algumas semanas atrás você fez o show de estreia da sua nova turnê em São Paulo, quais são as novidades?
Revisitei todo o meu repertório, troquei alguns arranjos. Acho que é um show um pouco mais intimista e com a minha cara.
Você andou dizendo por aí que tem planos de lançar um DVD, como está o processo?
Quero lançar um DVD ao Vivo com músicas do Bons Ventos Sempre Chegam e algumas novas que eu estou compondo, em um show grande. Também quero fazer uma coisa meio reality show, mostrar a fase de “feitura” de algumas músicas, os arranjos e todo o trabalho no estúdio para colocar nos extras do DVD.
Você foi vista muitas vezes com a cantora Maria Gadú, pode surgir uma parceria musical dessa amizade para o seu DVD?
Cara, eu tenho trabalhado com tanta gente, não sei se já pensei em gravar com a Maria. Tem tantas outras pessoas que eu poderia convidar para esse DVD, tem o 5 A Seco que está fazendo uma participação na minha turnê atual, o Dudu Falcão, a Mart’nália.
Vai ter uma parceria bem especial, conta pra gente?
Não posso falar muito ainda sobre esse trabalho tem algumas coisas que estão na minha cabeça que ainda não sei se vai rolar, mas com certeza terá uma participação da minha mãe. Quero gravar uma faixa inédita minha e do Dudu Falcão, ela chama Loucos de Amor. A cantora Chiara Civello gravou essa música em italiano no último álbum dela.
A faixa Minha Mãe é uma homenagem a Zizi Possi. Sabemos que há muitas vantagens em ser filha de uma consagrada cantora, mas quais são as desvantagens?
Não consigo imaginar como seria se eu não fosse filha da Zizi, juro que não consigo pensar nisso, acho que seria tudo muito diferente. Quando eu comecei minha carreia acho que muita gente ficou decepcionada achando que eu ia fazer uma música parecida com a da minha mãe. É claro que também sempre teve aquela coisa das pessoas falarem: “ela tem a mãe na frente”, mas eu não ligo não. Minha mãe me admira meu trabalho e nunca foi de ficar me corujando. Acho que agora o trabalho de uma completa o da outra.
Vocês fizeram uma parceria no especial Elas Cantam Roberto, qual foi a sensação de se apresentar ao lado de sua mãe em um show em homenagem ao Rei Roberto Carlos? Muita responsabilidade?
Cara, foi lindo! Para começar que foi o próprio Roberto que escolheu todo mundo que ia participar, ele ter me escolhido já foi uma grande emoção. Eu entre depois da Hebe, com aquele teatro lotado, entrei sozinha cantando à capela, tudo que eu pensava era “ou vai ou racha”, cheguei até aqui e agora é hora de mostrar do que sou capaz. Nós ensaiamos a noite inteira antes em um estúdio em São Paulo, foi incrível.
Suas músicas já foram trilhas de muitas novelas e você fez teatro por muitos anos, tem vontade de trabalhar como atriz?
Tenho muita vontade, mas não de fazer novela, essas coisas. Tenho muita vontade de fazer cinema, muita mesmo. Não posso morrer antes de fazer cinema, gosto dessa coisa da câmera. Adoro participar de programas de TV e gravar meus clipes, faço tudo com muito prazer.
Luiza Possi, Tom Jazz, São Paulo
Quando: Sexta (26/11) e sábado (27/11)
Onde: Tom Jazz – Av. Angélica, 2331 – Higienópolis – SP
Quanto: R$ 70,00
Informações sobre vendas: Clique Aqui