Luiza Possi - DVD 'Seguir Cantando'
Luiza Possi está completando 10 anos de carreira e não demonstra nenhum sinal de cansaço da labuta. Pelo contrário: como uma autêntica workaholic, a cantora sempre arranja espaço em sua rotina para um novo projeto. Tanto é que Luiza lança neste sábado (dia 3), o DVD e CD ao vivo Seguir Cantando, no Citibank Hall em São Paulo. Confira os detalhes do show no final da página.
Gravado em parceria com o Canal Brasil, o DVD conta com as participações especiais de Ivete Sangalo – nas faixas Circo Pega Fogo e Azul – e da mãe, Zizi Possi, cantando Cacos de Amor, marcando a estratégia de Luiza para romper barreira de preconceito contra gêneros e estilos e abraçar a música como um todo. Além disso, Seguir Cantando serve para reafirmar o caráter da cantora também como compositora: o registro incluiu oito de suas crias.
Em entrevista ao Virgula Música, Luiza conta como divide seu tempo entre sua carreira como cantora, os preparativos do DVD e a participação na TV aberta como jurada do programa Ídolos, da Rede Record. Veja a entrevista abaixo.
Esse já é o segundo DVD e CD ao vivo da sua carreira. Porque você resolveu lançá-lo agora? O que mudou em relação ao anterior, depois de A Vida É Mesmo Agora (2007)?
Muitas mudanças, muitas músicas novas, eu tenho um repertório novo. A relação com o público foi se desenvolvendo e crescendo, teve uma mudança de postura. Hoje, quando vejo meu primeiro DVD, eu ainda tenho muito orgulho dele, mas acho que precisava de alguma coisa que refletisse mais meu momento atual. Fora o fato de que no primeiro DVD acabou não entrando nenhuma música própria e neste novo a maioria das músicas são minhas.
Falando em trabalho próprio: você começou a compor cedo, na infância. A maneira como você escreve canções também mudou?
Demorou para virar um ‘método de composição’. Para compor você precisa mais de tempo, não é um trabalho como outro qualquer, no qual você se propõe a fazer uma coisa das 3 às 4. Eu ensaio com a minha banda em estúdio, mas gravo e estudo sozinha em casa. Me programo para durante a semana ter algum momento para estudar. É uma coisa que precisa de paz, de calma e pontos de vista em cima de histórias. Não importa qual a história, mas sim qual o ponto de vista que você tem dela e a maneira poética de contar isso.
Como é a sua rotina? Você consegue dosar tempo para todos os seus projetos?
Minha rotina é uma loucura! Estou sempre trabalhando, fazendo show, respondendo coisas nas redes sociais, criando o que eu tenho que incluir no site, no Facebook… Eu que penso toda a coisa da internet e posiciono a equipe que faz as coisas pra mim. Tenho muitos amigos publicitários que me dão uma visão numérica, real e comercial do que acontece, de Google, YouTube e pesquisas desse mercado.
Faço uns 10 a 12 shows por mês, em média. Mas é puxado porque tem a viagem para o evento, o dia anterior, o dia depois, então fica tudo em função disso. Tenho também o Lado B, que é um subcanal dentro do meu canal no YouTube, no qual eu apresento versões de outros artistas… É uma coisa que me obriga muito a estudar, porque me faz aprender as letras das músicas novas, ficar em contato com os instrumentos, e é uma coisa bacana por esse lado também. Este ano ainda teve o Ídolos, com a três rotinas de gravações: a do programa, a do DVD e do reality show que fizemos para o DVD. Eu não paro um minuto!
Depois de terminar de divulgar o DVD, quais são os planos?
A promoção desse DVD vai durar muito porque ele acabou de sair. É um projeto com o Canal Brasil, então ele vai ficar na grade de programação por um tempo e tem um repertório muito grande: foram gravadas 25 músicas e dá para trabalhar muito tempo em cima dele. Mas isso não quer dizer que vou ficar parada nisso; meu show de estreia neste sábado vai ter o Paulinho Novaes, que é um dos compositores que também está no DVD, mas vai ter música nova. Eu tenho isso de uma rotatividade muito grande de músicas que eu vou descobrindo e não consigo deixar de colocar no palco. O próprio projeto Lado B também tem isso e com certeza vai ser tocado de maneira paralela ao longo disso.
Falando no Lado B, como você está tocando este projeto?
Para o Lado B estou pensando em um formato legal. É só uma diversão caseira na qual eu me permito tocar violão e piano sem compromisso. Também devo chamar uns amigos que não são necessariamente músicos profissionais para se aventurar, é uma coisa mais desencanada. Essa semana gravei um especial com três músicas do John Mayer com o Bruno Copini, que é o baixista da minha banda, como meu convidado porque ele também canta muito. Sempre tivemos uma parceria extra e desta vez tem ele tocando violão e eu piano em algumas músicas. Agora eu quero fazer algo dos anos 80: quero gravar Simply Red, Roxette e outras bandas que eu escuto em casa e que não fazem parte do meu trabalho.
O que você tem ouvido ultimamente e o que nunca sai das suas preferências?
Estou ouvindo bastante Sean Lennon, estou achando muito bom. Mas tive influência de muita coisa como Take 6, Barbara Streisand, Stevie Wonder, Ivete Sangalo e minha mãe. Sempre ouvi muito Maria Bethânia, Carly Simon e James Taylor, que eu gosto bastante. E também muito Lenine.
Você já tocou músicas de Jorge Drexler, que é uruguaio, e de Kevin Johansen, que é argentino. Você escuta muita música latina? Como você enxerga essa integração entre o Brasil e os outros países da América do Sul?
Sim, também escuto bastante muita música latina. Gosto muito do Pedro Aznar, Rosário Flores, Andrés Calamaro, persigo bastante essa galera. Acho que quanto menos fronteiras tiver, melhor. Infelizmente o Brasil absorve muito e mais rapidamente a cultura americana, mas eu acho que os nossos vizinhos mais próximos são muito ricos, a cultura latino-americana é muito rica. E eu sempre tentei trazer isso para o meu trabalho, puxar isso para o Brasil e ser uma das representantes disso.
Você faz o Ídolos junto com o Rick Bonadio, que também já produziu seu trabalho. Como é a relação de vocês? Você não se sente intimidada pela presença dele, visto que ele já foi seu ‘mentor’?
Que nada! O Rick me ‘salva’ de tudo, eu amo o Rick. A gente se dá muito bem, somos muito amigos. É muito bom estar convivendo com ele. A melhor coisa do programa é estar perto dele de novo!
Seus discos são lançados pelo selo LGK Music, que foi fundado por você e seu pai, Líber Gadelha. Qual sua participação no selo? Você participa da seleção de bandas ou artistas para lançamento de discos?
Minha participação no selo é que eu sou filha do meu pai (risos). A gente começou porque quando eu saí da gravadora, outras queriam me contratar e eu ia conversar junto com ele, pois eu queria ele produzindo. Daí as gravadoras vieram e falavam “quero te contratar mas não como cantora de MPB”. Queriam me empurrar outras coisas, mas falei “então um beijo, tchau”. Com isso, pensamos: “quer saber, vamos abrir o nosso selo?”, daí surgiu a LGK. Eu ainda não participo da seleção das bandas, mas eu e meu pai trocamos muitas ideias e acabamos ensinando e aprendendo juntos. Atualmente faço só o meu trabalho lá, mas um dia quero poder tomar conta do selo sim!
SERVIÇO
Luiza Possi – Seguir Cantando
Local: Citibank Hall – Av. Jamaris, 213 – Moema
Site: www.t4f.com.br
Telefones para informações: 4003-6464
Única apresentação dia 03 de setembro de 2011
Horário: 22h
Classificação etária: Não será permitida a entrada de menores de 12 anos; 12 anos e 13 anos: permitida a entrada (acompanhados dos pais ou responsáveis legais); 14 anos em diante: permitida a entrada (desacompanhados)
Capacidade: 1456 lugares
Abertura da casa: 1h30 antes do espetáculo
Estacionamento: terceirizado: R$ 30,00 (com manobrista)
Acesso para deficientes
Ar condicionado
Ingressos à venda no site da Tickets For Fun.