Lord Bishop

Lord Bishop

Do alto de seus dois metros e 120 quilos, Lord Bishop Rocks é um cara sensível. Em sua quarta turnê pelo país, o músico de Nova York radicado na Alemanha se derrete pelo público brasileiro. “As pessoas gostam de mim e eu continuo voltando porque amo esse país. Tenho uma família aqui, pessoas que se importam comigo profundamente e eu com elas. Vou continuar voltando até que eu morra”, diz o músico ao Virgula.

“O público brasileiro é muito mente aberta e muito, muito quente para o rock. Eles gostam de todas os diferentes gêneros que vieram do rock, blues, soul, funk, R&B, tudo isso derivou do rock e se tornou reggae, hard rock, metal. O que eu faço é combinar tudo isso”, resume.

Lord Bishop, que se apresenta em Goiânia nesta sexta (10) e faz dois shows em São Paulo, na semana que vem se apresenta na turnê de seu disco mais recente Motorfunk com a banda australiana de funk-rock Pimpin’ Horus. Quarta, eles se apresentam na Sensorial Discos e sábado no Centro Cultural Zapata.

Aos 50 anos, ele conta que percebeu que se tornaria um roqueiro profissionalmente com vinte e poucos anos. “Eu realmente queria fazer rock and roll pra viver e tomei uma decisão séria a respeito disso porque também praticava esportes. Achei que música era pra sempre”, afirma.

Sobre os prós sobre a vida na estrada, ele chega a fazer mais de 200 shows por ano em países como Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Áustria, Romênia, Hungria, Itália, Espanha, República Tcheca, Irlanda e Reino Unido, ele abre o coração pra gente mais uma vez. “Os prós são o amor das pessoas, da música, da arte, viajar pelo mundo, conhecer diferentes culturas, ter essa experiência de como as pessoas vivem, é uma coisa bonita e quando eu morrer, a minha música ficará para as gerações que virão depois de mim”, afirma, antes de completar. “Talvez o dinheiro, se eu ficar famoso”, brinca.

Já os contras, na opinião do rocker, estão relacionados aos perrengues de viver longe de casa. “O contra é a luta, para continuar, tem que ter muita força de vontade, é duro, é duro, alguns dias eu realmente quero largar, mas eu faço outro show e os fãs vem até mim extasiados e só ficam as coisas boas”, releva.

E o que Lord Bishop tem a dizer para quem acha que tudo já foi feito e que o rock está morto? “O rock nunca vai morrer por causa das pessoas que o amam. O rock é baseado em tudo que veio antes e influencia toda música que veio depois, até mesmo o pop, é baseado nele. Então ele nunca vai morrer. É o que eu sinto”, professa. Longa vida a Lord Bishop e ao rock and roll.

Turnê Lord Bishop

 


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"Vou continuar voltando até que eu morra", diz Lord Bishop Rocks, em quarta turnê no Brasil