A pista do autódromo de Interlagos se transformou neste domingo (06) em pista de dança para a edição brasileira do festival Lollapalooza, que montou quatro palcos para receber os maiores nomes da cena contemporânea do rock, com destaque para os headliners Arcade Fire e New Order e apresentações que conquistaram o público de Jake Bugg e Pixies.

A equipe do Virgula Festivais estava mais uma por lá e conta para você quais foram os pontos altos (e os baixos também) deste domingo.

Veja abaixo: 

Canarinho é sucesso: reparou em alguma coisa? A camisa da seleção brasileira foi praticamente um uniforme para as atrações deste domingo. Em ano de Copa do Mundo no Brasil, a cantora Ellie Goulding, o grupo de rap carioca Cone Crew Diretoria e o DJ e produtor Baauer usaram a camisa da seleção canarinho em suas apresentações. Moletom Adidas + FARM não está com nada, a moda no Lollapalooza é verde e amarela. 

Soundgarden faz estreia tardia no Brasil: A voz de Chris Cornell, mas a banda grounge da década de 90 representou com baixos e guitarras pesadas. O grupo mostrou hits como Black hole sun e Beyond the wheel, mas o destaque mesmo ficou por conta de Cornell. Galã da era grunge, ele brincou com as fãs, fez um selfie durante a apresentação, andou no meio da galera e reapareceu com a manga da camisa rasgada. É isso aí, Chris, nós gostamos mesmo é de ‘gente como a gente’. 

Circulação: Com público de apenas 60 mil pessoas, 20 mil abaixo do esperado, foi tranquilo transitar entre os palcos neste domingo. Não houve muvuca, perrengue ou empurrões. Algumas medidas foram tomadas para evitar que o caos de sábado se repetisse. Segundo a organização, novas placas de sinalização foram instaladas, o atendimento na praça de alimentação foi otimizado para evitar filas e os ‘Food Trucks’ remanejados para um local menos movimentado. Fica a dica para 2015, Perry!

Baauer e o Harlem Shake: Um ano após a faixa torna-se um viral na web, o produtor e DJ Baauer finalmente se apresentou no Brasil. Com um set pautado na trap music, da qual é representante, o norte-americano esquentou o palco Perry. Só nós resta dizer: keep calm and do the Harlem Shake! 

O novo Bob Dylan é blasé: Atração do palco Interlagos, Jake Bugg mostrou que tem talento e sabe fazer um ‘carão’ como ninguém. Apesar dos gritos enlouquecidos vindos do público, o inglês não faz questão nenhuma de interagir com a plateia. O seu máximo foi um: “thank you very, very much”. A apresentação foi linda, mas bem que o gatinho poderia dar um sorisso de vez enquando, não é?

 

Caso de assombração:New Order tentou, mas não empolgou. Um dos motivos, em nossa humilde opinião: o fantasma de Peter Hook, que deixou o grupo em 2007, continua assombrando a banda. A ausência do músico, responsável pelas linhas de baixo características ao New Order e hoje substituído por Tom Chapman, é sentida durante toda a performance. Não por acaso, ele vive criticando seus colegas por estarem na estrada com um repertório baseado em hits com 30 anos de idade.  Ele tem toda razão. 

Arcade Fire, donos do melhor show no Lollapalooza 2014: o show do Arcade Fire, grande headline do festival, foi impecável, um completo espetáculo visual e sonoro. A banda formada em Montreal há pouco mais de uma década abriu o show apoteoticamente com Reflektor, single que dá nome ao último disco e que inspirou o espetáculo. A banda também citou a canção O morro não tem vez, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, Aquarela do Brasil, de Ary Barroso e Nine out of ten, de Caetano Veloso. Tem como não amar? 

O pior do festival, neste domingo: Sem dúvida o pior momento do Lollapalooza Brasil foi a despedida. Sabemos que todo evento de grande porte tem problemas estruturais – não foi diferente com o Lolla2014 -, mas, no geral, podemos dizer que esta foi a melhor das três edições do festival norte-americano realizadas em São Paulo. Triste mesmo foi se despedir dele, ainda mais depois de um show maravilhoso como o do Arcade Fire. Lollapalooza, seu fofo, nos vemos em 2015. Até lá! 


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Lollapalooza 2014: Listamos quais foram os pontos altos (e os baixos também) deste domingo (06); veja

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