Imagine Dragons reúne multidão em show do Lollapalooza


Créditos: Manuela Scarpa/Photo Rio News

Lembra que o Perry Farrell declarou que havia decidido mover o festival Lollapalooza para o Autódromo de Interlagos por conta, entre outras milhões de razões, dos problemas de som?

Então. Acho que nós precisamos conversar sobre algumas coisinhas, senhor Farrell.

Imagine Dragons apresentou o seu segundo show em território brasileiro no palco Ônix do Lollapalooza e atraiu uma multidão (talvez pelo fato de não ter um concorrente à sua altura no horário em que o show teve início). Mas não podemos dizer que as pessoas que esperavam apenas curtir um bom som, sem para isso ter que tentar escoar entre os corajosos que se espremiam na área mais próxima do palco, foram bem sucedidos. Por um fator simples: não tinha som.

A banda americana só tem um álbum lançado, o Night Visions, de 2012, e a sua marca mais característica é a percussão fortemente marcada. Com os tambores espalhados pelo palco e a bateria, sem problema nenhum. Mas as palavras cantadas pelo vocalista Dan Reynolds não chegaram para o grande público com a mesma facilidade.

Nenhuma culpa é da banda. Empolgados com o tanto de pessoas a sua frente, fizeram um show consistente, com seus singles e um cover de Song 2, do Blur, que fez até quem estava lá apenas esperando pelo Nine Inch Nails parar de reclamar por alguns segundos. Reynolds parecia querer fazer do ar a sua volta um instrumento de percussão: quando não estava socando um dos tambores presentes no palco, socava o ar e pulava de um lado para o outro no palco. A banda se divertia, o público cantava junto. Mas, quem estava lá só para curtir passou o tempo mandando o amiguinho chato que não parava de falar sobre o Trent Reznor calar a boca para tentar entender o que Reynolds dizia. E quando o telão apagou depois de meia hora de show… 

É, senhor Farrell, nós precisamos conversar.


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