O festival Ilhabela in Jazz 2017 recebe o músico, compositor, mestre e guru do órgão Hammond B-3, Dr. Lonnie Smith. Considerado uma lenda viva da indústria musical norte-americana, Lonnie apresentará o show de seu novo disco Evolution, lançado pela Blue Note Records, em 2016. O show será na primeira noite do festival, 11 de outubro.
Com mais de 50 anos de carreira, Lonnie recebeu – em abril deste ano – o principal prêmio do jazz mundial, o NEA Jazz Master Award, devido ao legado de uma vida dedicado ao funk, jazz e soul.
Dr. Smith começou sua carreira como vocalista da banda The Supremes, que surgiu antes do emblemático grupo feminino de mesmo nome lançado pela Motown. Lonnie participou de mais de 70 gravações do gênero ao longo de seu meio século de carreira e tocou com importantes nomes do jazz como George Benson e o saxofonista Lou Donaldson, com o qual Lonnie gravou diversos LPs épicos da Blue Note, incluindo o disco com mais de um milhão de vendas: “Alligator Boogaloo”.
Depois disso, a Blue Note contratou Lonnie e daí surgiram os clássicos álbuns de Smith de soul e jazz:Think!, Turning Point, Move Your Hand, Drives e Live at Club Mozambique.
“Embora eu não saiba como, consegui tocar desde o início. Eu aprendi a tocar as pausas e foi isso. É uma paixão para mim, então todo o resto veio naturalmente”, conta Lonnie Smith sobre seu primeiro contato com o órgão.
Desde o início de sua carreira, Lonnie recebeu diversos prêmios, que não pararam, logo que recebeu o primeiro em 1969, quando a revista Downbeat nomeou o Dr. Lonnie Smith “Top Organist” do ano. De 2003 a 2014, ele foi premiado com “Organist/ Keyboardist of the Year” pela Associação de Jornalistas de Jazz. The Buffalo Music Hall of Fame e Jazz Organ Fellowship também condecoraram Lonnie em 2015, que recebeu o prêmio Village Music Legends.
Ilhabela in Jazz 2017
O Ilhabela in Jazz está celebrando seu 5º ano e vem com novidades para 2017. O festival será realizado em novo local, envolto pela atmosfera da seringueira centenária da Praça Coronel Julião. Além disso, esta edição especial fez o evento crescer ainda mais: antes do festival oficial (que acontece de 11 a 14 de outubro), a Ilhabela recebe a Jazz Week, de 07 a 10 de outubro. Com músicos de diferentes gerações a fim de compartilhar cultura à beira-mar, a programação é gratuita e traz um apanhado do jazz contemporâneo e suas infinitas possibilidades e fusões com outros ritmos. A curadoria e o lineup são assinados por Paulo Braga, realização da Prefeitura Municipal de Ilhabela e Secretaria de Turismo, produção da Articular e patrocínio da revendedora Troller Trilha 4×4 Campinas.
O Ilhabela in Jazz conta com quatro dias de apresentações, sendo três shows por dia, sempre às 20h, 21h30 e 23h. Na quarta-feira, dia 11 de outubro, EMESP + Julliard Big Band inauguram a quinta edição do festival. A Julliard Big Band, composta por alunos da Julliard, uma das melhores escolas de música do mundo, sediada em Nova York, se junta à Big Band EMESP (Escola de Música do Estado de São Paulo). O intercâmbio cultural entre o jazz e a música brasileira irá nortear o repertório deste show, que vai de Pixinguinha a Johnny Alf, de Nelson Ayres a Milton Nascimento. Esse show será apresentado em Nova York, em dezembro, e o Ilhabela in Jazz mostra o espetáculo ao Brasil, em primeira mão.
A segunda atração da noite será do mestre e guru do órgão Hammond B-3, Dr. Lonnie Smith. Considerado uma lenda viva da indústria musical norte-americana, Lonnie apresentará o show de seu novo disco Evolution, lançado pela Blue Note Records, em 2016.
Quem fecha a noite é o violonista gaúcho Yamandu Costa & Jazz Cigano, quinteto curitibano que resgata o estilo jazz manouche, difundido na França na década de 1930. Este show promete música brasileira de primeira com uma forma de recriação de jazz.
A pianista paulistana e compositora Louise Woolley, filha do contrabaixista Pete Woolley, abre o segundo dia do festival junto com seu quinteto, composto por Bruno Migotto (contrabaixo), Daniel de Paula (bateria), Paulo Malheiros (trombone), Jota P Barbosa (Sax/flauta).
O músico francês Philippe Baden Powell (piano) – filho do compositor e violonista brasileiro Baden Powell (falecido em 2000) – apresenta-se com o grupo instrumental Ludere, composto por Rubinho Antunes (trompete), Bruno Barbosa (contrabaixo) e Daniel de Paula (bateria). A apresentação contará com músicas inéditas de seu segundo disco Retratos e também com homenagem a Baden Powell, que completaria 80 anos em 2017. Sempre presente nas apresentações do Ludere, o repertório de Baden Powell ganha destaque nos shows do grupo com releituras inovadoras que ressaltam a inventividade dos temas do compositor
Para fechar a noite do feriado de 12 de outubro, Carlos Malta e Pife Muderno, vão levantar o público com brasilidades pautadas pelos ritmos regionais. Eles já foram indicados ao Grammy Latino com o álbum Carlos Malta e Pife Muderno, de 2001, onde Malta pôde elaborar e desenvolver um nova leitura para o repertório das bandas de pífaro. O som do Pife Muderno vem da mistura de flautas de diferentes etnias feitas de bamboo com o saxofone soprano, a percussão de pandeiros, zabumba, triângulo, caixa e pratos.
Na sexta-feira, dia 13 de outubro, Amilton Godoy Trio (ex-integrante do Zimbo Trio), acompanhado pelo baterista Edu Ribeiro e pelo baixista Sidiel Vieira, fará uma apresentação que mantém a herança do grupo no jazz experimental, com influências da música brasileira, em específico a Bossa Nova.
A atração internacional Uri Caine Trio, que vem dos Estados Unidos, tem como expoente o pianista e compositor Uri Cane, indicado ao Grammy pelo disco “Othello Syndrome” (2009) e que atuou em eventos clássicos como North Sea, Monterey, Montreal, no Festival de Jazz de Newport, nos festivais de Salzburg e Holland, na Munich Opera e na Great Performers at Lincoln Center.
Encerrando a sexta-feira, o grupo musical paulistano Barbatuques referência em percussão corporal e na produção de composições orgânicas, e que completa em 2017, 20 anos de uma trajetória artística de sucesso no Brasil e no exterior, sobe ao palco para uma apresentação recheada de canções autorais.
No último dia, o Ilhabela in Jazz 2017 apresenta o Trio Ciclos, que toca junto desde 2008, sendo composto por Bruno Migotto, Edson Santanna, e Alex Buck. O grupo apresentará um repertório com música instrumental brasileira, jazz e improvisos.
Ao lado do amigo Arismar do Espírito Santo, o mestre João Donato entoará clássicos como “Amazonas”, “Nasci para Bailar” e “Minha Saudade”. Com mais de 40 anos de carreira, no ano passado, Donato foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Instrumental por seu álbum “Donato Elétrico”.
SERVIÇO
ILHABELA IN JAZZ: 11 A 14 DE OUTUBRO DE 2017 CENTRO HISTÓRICO DE ILHABELA – PRAÇA CORONEL JULIÃO, S/nº 20h GRATUITO Ilhabelainjazz.com.br