Sim, Katy Perry acabou de dar à luz a sua primeira filha, mas ela continua a todo vapor na divulgação de seu novo álbum “Smile”. Neste domingo (30), ela revelou o mais novo clipe da série de vídeos “The Smile Video Series”, “Champagne Problems”.
Diferentemente dos materiais anteriores – “Harleys in Hawaii”, “Never Really Over”, “Cry About It Later” e “Tucked In”, lançado ontem (29) – que eram animações, Perry aparece em carne e osso no novo clipe.
Desta vez, ela estrela a produção sem a proeminente barriga da gravidez, ruiva e com um look brilhante. O visual do vídeo remete à era disco.
A canção é inspirada em seu relacionamento com o ator Orlando Bloom. “É uma música que fala sobre como as coisas se tornaram intensas e quantos obstáculos tivemos que ultrapassar”, relatou Katy em entrevista à edição de Agosto da revista People.
O casal chegou a se separar em 2017, mas segundo a cantora, o período foi necessário para que se tornassem ainda mais fortes juntos.
Confira o resultado de “Champagne Problems”:
Era “Smile”
Katy Perry finalizou e lançou o álbum enquanto estava grávida de Daisy Dove Bloom – mais especificamente, lançou “Smile” dois dias após dar a luz – e, em suas palavras, “em meio a uma pandemia, uma revolução racial, ano de eleição”. Que loucura!
Apesar de todos esses eventos, a cantora pop conseguiu trazer ao mundo seu sexto álbum de estúdio. E ele é o resultado de uma jornada “emocional, espiritual e mental” que a artista precisou encarar desde 2017, quando lançou o antecessor “Witness” – que não foi aclamado nem pela crítica, nem pelos fãs.
Em entrevista publicada pelo site NPR, na última quinta-feira (27), a cantora pop afirmou o novo disco mostra como lidou com esses os altos e baixos. “Eu fiz muitas coisas para chegar a este lugar de aceitação e redenção”.
Katy relembra que “Witness” foi um tombo.
“Eu lancei um álbum; ele era diferente, nada como os últimos três. Esse era um pouco mais experimental, sonoricamente falando. Era exatamente o que eu queria fazer. Eu queria sair da bolha de ideias que as pessoas achavam que eu poderia fazer musicalmente”, compartilhou.
Mas desta vez, não funcionou como o esperado. Após anos emplacando sucessos, a artista enfrentou o outro lado:
“Era como se eu tivesse me acostumado com a vista do alto da montanha e o universo decidiu me servir uma torta de humildade – que eu odiei na época, mas olhando agora, obviamente era algo necessário para que eu crescesse e me tornasse mais pé no chão e mais expansiva como ser humano, não só ficasse nesse loop infinito de tentar tocar o sino [de brincadeira] de “ser a melhor pop star do mundo”, sem nem mesmo saber como – literalmente – ferver a água; sem ter outra dimensão da vida e ser tão mente fechada que comecei a desgastar e despedaçar minha própria saúde mental”, desabafou na entrevista.
A cantora ainda compartilhou que chegou a lugar bastante sombrio. “Minha narrativa era sempre assim: ‘você não é boa o bastante. Você não foi convidada para esta festa. Você não é realmente parte do clube, só é meio sortuda'”.
“Smile” então é seu renascimento.
Quando chegar aos 50 anos de idade e pensar neste álbum, Katy (que atualmente tem 35 anos) acha que encará o trabalho como o momento de sua “expansão”.
“Pessoas que sobreviveram e continuaram sendo artistas por toda vida, elas nem sempre tiveram uma trajetória ascendente . É sobre altos e baixos. Mas é como você se porta nesses baixos que te leva para o próximo pico. Acho que talvez vou olhar para trás e pensar, ‘ah, é aqui que a expansão aconteceu. É aqui que o meu caráter se fortaleceu…’ Porque não acho que você realmente se conhece até ser jogada da escada da vida e/ou tomar um soco na cara algumas vezes. Então acho que esse é só o começo da minha totalidade, não apenas uma parte”, afirmou.