O júri que discutia se a AEG Live tinha responsabilidade na morte de Michael Jackson considerou que a promotora de shows não é civilmente responsável pela morte do “rei do pop”, anunciou nesta quarta-feira (02) em seu veredicto.
A decisão foi tomada por um tribunal popular da Corte Superior do condado de Los Angeles que entendeu que embora a companhia tenha contratado o médico Conrad Murray, condenado pelo homicídio do cantor, ele era competente para cuidar do artista.
A AEG Live foi processada em 2010 pela mãe de Michael Jackson, Katherine, em seu nome e no dos três filhos do “rei do pop”, que acusavam a empresa de negligência por contratar Murray como médico do cantor e não supervisionar devidamente o estado de saúde do autor de “Thriller”.
Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009 em Los Angeles por overdose de anestésicos, especificamente de propofol, fornecido por Murray e usado pelo artista para combater a insônia, poucas semanas antes de reestrear nos palcos em uma série de shows em Londres organizado pela AEG Live.
Murray foi condenado a quatro anos de prisão em 2011 por homicídio involuntário, e está previsto conseguir liberdade antecipada no próximo dia 28 de outubro.
Os Jackson alegam que a AEG Live tinha que ter cuidado melhor do “rei do pop” e reivindicaram nos tribunais que a empresa os indenizasse em até US$ 1,5 bilhão, valor relativo a renda que a família deixará de obter com a morte do cantor.
Ao longo dos cinco meses de julgamento, a AEG Live responsabilizou Jackson pela sua própria morte por abusar dos fármacos e negou uma relação contratual direta com Murray.
O júri, após quatro dias de deliberação, concluiu que a AEG Live tinha chegado a um acordo com o médico para que ele se encarregasse de zelar pelo bem-estar do artista durante as apresentações em Londres previstas para julho daquele ano e a potencial turnê mundial que se seguiria.
No entanto, os integrantes do tribunal determinaram que Murray estava capacitado para cumprir seu trabalho, o que livra a AEG Live de ter sido negligente neste caso.
O veredicto foi lido na presença de Katherine Jackson, que chegou aos tribunais apenas meia hora antes do início da sessão.