Juliane Hooper divulga capa de “Soulful”, seu primeiro disco, e fala sobre músicas (Foto: Divulgação)
Juliane Hooper encontrou na música uma forma de extravasar sobre suas questões interiores, transformando seus sentimentos em arte. No ano passado, a artista lançou a faixa melancólica “Soulless” e logo após, “Wasting Away”. Agora, a cantora divula com exclusividade para o Virgula a capa de seu primeiro disco, “Soulful”.
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Com faixas em inglês e português, o projeto chea a público no dia 30 de junho. Cantora e compositora de Neo Soul, Juliane havia preparado o lançamento de um EP, quando percebeu a importância de cada faixa escrita e a evolução que o trabalho estava tomando junto com a produção de Julio Mossil.
Durante um ano, então, a artista buscou sonoridades, letras, referências que a representassem cem por cento. E
isso, permitiu que o álbum tivesse mais a sua cara. “O disco traz uma pessoa se descobrindo como artista, sem medo de expor suas fragilidades, sensibilidades, agressividades, sentimentos, nas músicas.” comenta.
“‘Soulful’ traz todos os sentimentos juntos. Ainda existe uma melancolia, sensibilidade, mas também tem força, imponência, a aceitação da falta, da tristeza, e o encontro com a realização, com o lar, com a independência emocional. É nunca aceitar o mínimo, o pouco, em nenhum contexto. Tem um ego sim, mas no sentido de superar a autossabotagem e coisas negativas que vivemos”, continua.
Pelo caminho não apenas o EP se tornou disco, como também houve mudanças no setlist. De início, as faixas estariam em uma ordem de acontecimentos do vazio e abandono ao momento de reconhecimento sobre ter e pertencer a todos os sentimentos (inclusive felizes e dançantes). Mas, pela parte musical, Juliane decidiu inverter essa história deixando ainda com mais sentido, já que os nossos sentimentos não partem do crescente, do triste ao feliz, mas é uma montanha russa, ninguém se sente completo o tempo todo. Nesse loop, a artista te
convida para uma experiência real de convivência com ela mesma.
“No meio do caminho o EP virou álbum porque senti uma evolução incrível e a necessidade de NÃO ESCOLHER uma música ou outra, e sim colocar todas que eu já havia escrito há um tempo, juntas. Isso fez sentido pra mim nas letras, na sonoridade, e o produtor topou. Foi um processo longo mas onde aprendi muito e me descobri muito”, explicou.
