O jornalista Claudio Dirani, autor dos livros Paul McCartney – Todos Os Segredos da Carreira Solo e U2 – História e Canções Comentadas se prepara para lançar seu terceiro livro, o Na Rota da BR-U2 – e a saga da invasão irlandesa no Brasil, com relatos dos fãs sobre suas aventuras para ver shows do U2 no Brasil.
A expectativa é que o livro, que tem 212 páginas e será vendido por R$ 40, seja lançado entre esta semana e a próxima, aproveitando as datas dos shows do grupo em São Paulo (9, 10 e 13 de abril). O projeto é uma produção independente, feita com o investimento do engenheiro Marcelo Facundo Severo. Para comprar o livro, é só entrar em contato com o Claudio no e-mail cldirani@gmail.com. Em breve, haverá um site para venda on-line.
Claudio, que é fã declarado do U2 antes mesmo de a banda ter chegado ao auge, já assistiu a três shows dos irlandeses, todos aqui no Brasil. Para escrever o livro, ele entrevistou outros fãs da banda, com as mais variadas histórias envolvendo o U2.
“Tem os fãs que, em 1998, no Rio de Janeiro, abandonaram seus carros na rua porque não conseguiam chegar até o Autódromo de Jacarepaguá e muitos chegaram no meio do show, o que foi um problema enorme”, conta.
Outro fato marcante das apresentações de Bono e sua trupe aqui no Brasil são as fãs sortudas que subiram ao palco para tirar uma “casquinha” do vocalista. “Conversei com a Alessandra Germano, do show em 1998 e a Desirê Thomé Pedroso, de 2006. Ela veio do Sul para o show, determinada a conseguir subir ao palco, e fingiu que estava passando mal no meio do show. Foi pra enfermaria e depois foi levada mais perto do palco e acabou conseguindo subir. Ela falou pro Bono que o nome dela é Desirê, igual ao da música (do álbum Rattle and Hum, de 1988). Ele viu o RG dela e comprovou. Aí, a banda tocou Desire. No livro ela conta tudo o que ela passou no trajeto que ela fez da casa dela até o palco do U2”.
Perfil do fã
Claudio diz que os fãs de U2 são muito devotados, daqueles que viajam para assistir a shows da banda e que ficam horas esperando na frente do estádio. “O fã do U2 tenta fazer algumas coisas diferentes. Tenta fazer atividades seguindo o exemplo da banda, do Bono. Umas coisas legais no ponto de vista filantrópico. Eu participo de uma lista onde os fãs ajudam o GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), por exemplo”, conta.
“Além da música, que é ótima, eles sempre tentam manter a qualidade, eu acho que eles são ‘gente boa’. Tentam se aproximar ao máximo do que eles pregam. Na questão de ajuda, de oferecer o melhor show possível pros fãs, de ser amigo de quem ouve”, disse.
Muse
“Achei legal a escolha do Muse pra abertura. Não é uma banda que eu acompanhe. É uma banda que já estourou lá fora, mas que aqui ainda não tem um impacto muito grande. O Franz Ferdinand, que abriu o show em 2006, e que na época eu não conhecia muito bem, arrebentou na abertura. Espero que tenha esse mesmo efeito com o Muse nos três shows em São Paulo”, disse.