Terá sido o ex-Beatle John Lennon um elemento perigoso? Bem, se você perguntar isso ao FBI, certamente a resposta será sim.

Nesta quarta-feira (20), o FBI foi obrigado a publicar os documentos que sustentavam essa tese sobre Lennon, contra a sua vontade, é claro. Jon Wierner, historiador californiano, entrou na justiça para que tais documentos chegassem ao público, e ganhou.

Para atender à justiça, o FBI publicou os relatórios numa página da internet, (www.lennonFBIfiles.com), mostrando quais eram as informações e acusações que pesavam sobre o ex-Beatle.

Lennon só não foi o homem mais procurado dos EUA porque ninguém, nem governo norte-americano, se atrveria a brigar com o ex-Beatle. Mas, eis as ‘considerações’ que fizeram Lennon ser visto como ‘perigoso’ pelos homens do presidente Nixon:

– Em 1971, Lennon teria dito a alguns jornais que tinha uma relação próxima com os proletariados e simpatizava com os oprimidos da Grã-Betanha. Tocar na palavra ‘proletariado’ por si só já era motivo suficiente para ser considerado ‘sujeito estranho’ pelos EUA.

– Lennon e Yoko Ono assinaram uma petição apoiando a monarquia do Camboja. Detalhe: Isso aconteceu na época em que os aviões do Tio Sam bombardeavam o país, durante a Guerra do Vietnã.

– Segundo o FBI, as idéias progressistas e a ideologia de Lennon eram claramente expostas em suas canções, o que representava “um enorme perigo à consciência de quem ouvia”. Você ouviu Imagine? Mal não fez certo?

Por isso, depois de tomar conhecimentos dos documentos, o historiador californiano classificou como absruda a postura do FBI. Será que dá pra chamar alguém de perigoso baseado nas observações acima?


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John Lennon, um elemento perigoso? O FBI quer provar que sim