Chegou ao público, nesta sexta-feira (14), o quarto álbum da banda Lagum. O disco, intitulado “Depois do Fim” chega como uma espécie de continuação do último EP do grupo, “Fim”, lançado no mês passado.
> Siga o Virgula no Instagram! Clique e fique por dentro do melhor do Entretê!
Em coletiva de imprensa com a presença do Virgula, os membros do grupo explicaram como surgiu a ideia do novo projeto, que dá início a uma fase mais madura e intimista da banda. “A narrativa dele começa a partir de um fim de um relacionamento, mas ele não necessariamente é sobre isso. Acho que tem esse gatilho, ele perpassa por ele assunto, porque está no meio da narrativa e tem esse cruzamento do eu-lírico, (…) mas o ponto chave da narrativa deste disco é o ‘depois do fim’ como um recomeço”, contou o vocalista, Pedro Calais.
O projeto já estava pronto há mais de um ano, mas o grupo estava esperando o momento certo para lançá-lo. Depois de uma pandemia; a morte de Tio Wilson, baterista da banda, em 2020; mudanças na vida pessoal; mais maturidade e uma nova realidade, a banda revela uma mudança no som, na harmonia e nas letras enquanto narra: da queda ao mergulho e o retorno à superfície diferente.
“É sobre um mergulho para dentro de si, enfiando a cabeça debaixo d’água, ir lá no fundo, subir de novo para respirar de novo, perceber outros ares”, continua. “Desde o início, a intenção era passar um pouco da nossa verdade. Se inspirar menos pelo que está rolando nas ‘trends’, mas estar imerso para fazer isso para contar essa história e fechar esse ciclo, sabe?”, completou Zani, guitarrista da banda.
“E um outro aspecto importante de quando a gente aborda o ‘fim’ é que ele teve esse pontapé inicial de ele ter sido baseado no fim de um relacionamento, só que internamente a gente passou por diversos ‘fins’. A gente passou pelo fim de uma formação, pelo processo de nos descobrirmos com uma nova formação, e isso tem um impacto não só na musicalidade, de fazer um disco sem um baterista e sem; isso impacta nas relações de trabalho, nas relações com a gente mesmo. A gente também passou por diversos fins pessoais, não só de relacionamentos, e a gente acredita que o fim está sempre presente na vida das pessoas, sabe? E as vezes isso é muito temido, é muito difícil de engolir e trabalhar esse processo de fim e recomeço. E eu sinto que esse álbum partiu desse ponti inicial (…) e a gente espera que esse álbum toque as pessoas pelos fins que elas estão vivendo também”, pontuou Jorge.
“Um álbum de cura para mim, de cura para nós e acredito que será um álbum de cura para quem estiver com a cabeça aberta para receber”, definiu.
O elemento escolhido para simbolizar esse novo capítulo e o que eles querem passar com “Depois do Fim” foi o fogo, que representa um processo de transformação e combustão. “A nossa casa de verdade pegou fogo, no sentido que a gente passou pelo fim de uma formação e se descobriu em uma nova. O fim de um molde de trabalho e a construção e descoberta de uma nova maneira. Como todas as pessoas, as nossas vidas passaram por alguns fins e reinícios”, disse Calais.
A banda apresenta ao público novos horizontes, mas sem deixar sua essência de lado. “Esse álbum tem um poder muito grande de fazer a pessoa se sentir pertencente ao Lagum que já existiu e transportar ela junto com a gente para um Lagum que é um novidade para todos nós”, finaliza Chico, baixista da banda.