O editor de home do Virgula, Rodolfo Braz, esteve presente na entrada do show do U2, na turnê 360º, ontem (sábado) e constatou que muitos cambistas agem livremente na frente do estádio do Morumbi.
A caminho do show, vi várias pessoas que vendem bebiba alcoólica. Gritam em alto tom: “Cerveja. Cerveja”. Quando você passa perto, eles falam baixo: “Compro e vendo ingresso. R$ 600 na minha mão”.
Chegando no meio da multidão, que caminha em direção aos portões de entrada, os cambistas vendem os ingressos sem o menor medo e pudor.
Na ida para o portão da pista, um cambista me abordou e disse: “Tá precisando de ingresso, chefia”. Eu parei e falei: “Lá atrás o cara quis 600 reais. Quanto que você me vende?”. Ele disse: “R$ 450”. Isso aconteceu a poucos metros de um grupo de seis policiais militares.
Alguns cambistas, nas entradas para os camarotes, falavam bem alto que tinham ingresso sobrando. Parei em um e quis saber por quanto ele me vendia. Foi o mais barato de todos eles. “R$ 300. Mas, corre, a procura tá grande. Logo mais vou aumentar para 600 reais”.
Podia-se ver algumas pessoas comprando, porque estavam ali para tentar ver o grande show do U2. Mas esta prática ilegal de comércio deixou muitas pessoas para fora.
O que podia ser combatido ali mesmo, porque era muito visível a venda de ingressos pelos cambistas, não foi. Para a infelicidade de muita gente!