A indústria fonográfica está direcionando sua campanha antipirataria a grandes empresas nos Estados Unidos, Europa e Ásia, advertindo-as na quinta-feira de que seus funcionários estão fazendo download ilegal de música durante o horário de trabalho.
A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), uma associação setorial mundial que representa as grandes gravadoras, afirmou ter começado a distribuir panfletos a milhares de empresas explicando os riscos judiciais e tecnológicos de permitir a seus funcionários acesso às redes de troca de arquivos.
“Estamos surpresos com o fato de que os serviços de trocas de arquivos venham sendo utilizados por meio de redes de computadores empresariais”, disse Allen Dixon, diretor jurídico da IFPI em Londres, à Reuters.
A IFPI culpa as redes de troca de arquivos por parte do declínio nas vendas de CDs nos últimos dois anos. Redes de troca de arquivos como o Kazaa e o Morpheus atraem milhões de consumidores a cada dia, e propiciam trocas de todo tipo de arquivo musical, de filmes e software.
Os computadores corporativos tendem a estar conectados a redes de alta velocidade e a oferecer amplo espaço de armazenagem, dois pontos essenciais para baixar arquivos de grande porte.
Os especialistas em tecnologia da informação dizem que essas conexões podem reduzir em muito a velocidade das redes e torná-las vulneráveis a vírus e outras invasões digitais.
RISCOS LEGAIS
Além dos riscos tecnológicos, cópias não autorizadas são ilegais em muitos países. A ameaça de processos por violação de direitos autorais, espera a IFPI, motivará as empresas a impedir o acesso de seus funcionários a essas redes.
No mês passado, Jay Berman, presidente da IFPI, disse em discurso na conferência anual de música Midem que a indústria pretendia reforçar sua luta contra a pirataria online este ano por meio de iniciativas de educação, esforços de lobby e da oferta de serviços comerciais de download mais atraentes para os consumidores.