Steve Bays não se cansava de repetir o quão surpreso estava com o público, durante o show do Hot Hot Heat no Nokia Triends. E naõ era pra menos: durante mais de uma hora, o público cantou todas as músicas com o grupo canadense, que curiosamente, não tem nenhum de seus três álbuns lançados no Brasil.
Steve se disse encantado com a cidade, e atá dedicou uma música (na verdade ele disse que a tinha escrito para São Paulo, exageros!) This Town à capital paulista, e cantou com vontade o verso “wouldn’t mind one more night in town” (algo como, “não me importaria em passar mais uma noite na cidade”).
Ao vivo, a voz do vocalista do HHH é bem menos parecida com a de Robert Smith, do The Cure, como dizem por aí. Le Low, Dirty Mouth, Talk to me Dance With Me (com a participação do vocalista e guitarrista Michael, do We Are Scientists), Goodnight, goodnight, entre outras, foram cantadas em coro, até a última e canção, Bandages, que encerrou o show em grande estilo.
Na sequência, os nada nerds do We Are Scientists, viveu a mesma experiência dos canadenses, e também não se cansaram de agradecer ao público.
O trio-novaiorquino que lançou seu primeiro disco em 2006 e é considerado uma das grandes promessas do indie e com esse disco, intitulado With Love and Squalor, já emplacaram hits como The Great Escape e Nobody Move Nobody Get Hurt, que contou com a participação de Steve Bays, uma verdadeira apresentação entre amigos.
Nos intervalos das músicas, Keith Murray (voz/guitarra) e Chris Cain (baixo) batiam papos engraçados, sempre citando o Hot Hot Heat de jeito irônico, como por exemplo, quando o vocalista disse que Steve havia roubado os elogios à cidade. Pura brincadeira.
Chris trouxe até um professor particular de português ao palco, e para cair de vez no gosto da platéia, disse num carregado sotaque: “vocês arrasam!”.
Como nos velhos e bons shows de rock, Michael foi parar, ou melhor, se jogou na platéia duas vezes, rodou a guitarra e virou uma garrafa de cerveja no baterista, mostrando o porquê, além do som, são considerados uma das grandes revelações e promessas do rock, do divertido rock.