Nesta segunda-feira, 21 de agosto, completam-se 17 anos da morte de Raul Seixas, o maluco beleza do rock brasileiro. Um artista que começou, pra valer, em 1967, com um disco que foi um fracasso, para logo depois, conquistar o público.

A projeção nacional veio com a participação no 7º Festival Internacional da Canção realizado pela Globo em 1972. No ano seguinte, começaria a bem sucedida parceria com o hoje escritor Paulo Coelho.

Do início dos anos 70 até 1989, ano em que morreu, Raul Gravou 22 discos (depois foram lançados mais quatro álbuns póstumos), além de inúmeras participações em discos e shows de outros artistas, como o roqueiro Marcelo Nova. Aliás, foi com o líder do Camisa de Vênus que Raul fez sua última turnê pelo Brasil, no último ano de sua vida.

Músicas como Maluco Beleza, Há dez mil ano atrás, O dia em que a terra parou, Rock das Aranha, Aluga-se, Gita, etc., continuam sendo tocadas no rádio, preservando a memória de Raulzito. Especialmente está última, fez tanto sucesso no ano de seu lançamento, 1974, que obrigou Raul a retornar do exílio nos EUA, depois de ser torturado no DOPS.

O consumo excessivo de álcool começou a atrapalhar a carreira de Raul já no início dos anos 80. Sendo diabético, a saúde do cantor era cada vez mais prejudicada. Foi encontrado morto pela empregada no dia 17 de agosto de 1989 depois de sofrer uma parada cardíaca, provocada por uma pancreatite. Tinha 44 anos e havia lançado um novo disco, A Panela do Diabo, dois dias antes de falecer.

Mistério

17 anos depois de sua morte, um mistério ainda ronda a carreira de Raul. Em 1970, o cantor baiano foi contratado pela gravadora CBS para participar da produção do disco de diversos artistas.

Durante a viagem do presidente da empresa, Raul aproveitou para gravar o seu próprio disco, o segundo, chamado Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez.

A ousadia foi punida. Raul acabou demitido e o disco foi retirado do mercado, como se não tivesse existido. Onde foram parar as cópias é que niguém sabe.


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Há 17 anos morria Raul Seixas, o maluco beleza do rock brasileiro