LOS ANGELES (Reuters) – Astro de rock milionário dá um tempo em seu estilo de vida glamuroso para se juntar com amigos pé-rapados em uma banda cult que faz turnês por bares em uma kombi.
Parece a trama de um série de TV-realidade. Mas é a vida real de Stone Gossard, guitarrista da banda de Seattle Pearl Jam. Nos últimos dez anos, ele gravou três discos com o Brad, um projeto paralelo fundado quando o Pearl Jam estava despontando para a fama.
O Brad nunca correu o menor risco de chegar às paradas ou aparecer na MTV. Desta forma, é um veículo para que seus membros se arrisquem em idiossincrasias musicais.
A banda, liderada pelo vocalista/guitarrista/tecladista Shawn Smith, acabou de lançar seu terceiro disco, “Welcome to Discovery Park”, e vai cair na estrada em meados de outubro.
Depois disso, Gossard vai se concentrar em seu emprego principal no Pearl Jam, que lançará seu sétimo disco em novembro.
A excursão é uma guinada radical em relação ao Pearl Jam e seus hotéis cinco estrelas, mas Gossard se adapta bem. Só um punhado de vezes ele se muda para um hotel melhor nos arredores.
A DOLOROSA
E quem paga a continha das refeições?
“Se comemos em um lugar caro, então ele que pague!”, disse Smith, que não recebe um salário estável há dez anos. “E tem uns caras mais duros que eu.”
Em entrevista pelo telefone para a Reuters, Gossard disse que para ele tudo bem, e que nem queria receber o cachê.
Gossard é amigo de Smith e do baterista Regan Hagar há 15 anos e o Brad é um exercício de amizade masculina. O baixista Mike Berg fecha o grupo.
“É o momento de ficarmos juntos”, disse Gossard. “Passar o tempo com eles e colaborar em um disco é um jeito ótimo de encontrá-los.”
Além dos três discos do Brad (“Shame” e “Interiors” foram os dois primeiros), Gossard gravou um disco solo, “Bayleaf” no ano passado. Brad é um projeto independente que grava pelo selo Redline Entertainment, de Mineápolis. Gossard toca guitarra, bateria e compõe para a banda.
