Direto do laboratório de Gui Boratto, mais renomado produtor brasileiro de dance music em atividade, uma novidade das boas. O paulistano, que já remixou gente como Goldfrapp e Agoria, vai experimentar no próximo Skol Beats um formato de show inédito em sua carreira. Acompanhado por Cuca Teixeira, expert em bateria, e pelos tecladistas DaDa Attack (codinome de Saulo Pais) e Guilherme Costa, ele vai fechar a programação do festival às 7h, assumindo o palco após o holandês Armin van Buuren. O evento ocorre novamente na Arena Skol Anhembi, em São Paulo. No papo a seguir, ele detalha essa participação.

A idéia de se apresentar com a banda partiu da organização do festival ou foi sua mesmo?
Foi minha mesmo. Apresentei à organização e eles adoraram. Sempre quis fazer um live em um formato assim, e o palco do Skol Beats me pareceu uma oportunidade para essa estréia. Não daria para fazer em uma tenda. O Skol Beats vai oferecer o espaço e as condições técnicas para que eu me apresente com a banda. É uma idéia para festival grande, que tenha estrutura.

Você pretende viajar com a banda depois?
Sim, para eventos de grande porte que também ofereçam um espaço adequado.

Como você pensou nesses convidados?
Pensei em caras que fossem agregar elementos diferentes. O Guilherme Costa, um dos tecladistas, é um grande amigo meu. O DaDa vai trazer as maquininhas dele, tipo Speak & Spell. Ele também está lançando em breve, pelo K2 (subselo da Kompakt, gravadora alemã da qual Gui faz parte), a faixa Clearly Imply, com remix meu no outro lado da bolacha. E tem o Cuca, que é o melhor batera do Brasil. Toca com Maria Rita, Marina Lima… Engraçado é que a gente se conhece há 18 anos. Minha mãe conhece a mãe dele, que é cantora, e o pai, que é batera também. Quando meu pai fez 40 anos, minha mãe fez uma festa surpresa e convidou os dois para se apresentarem. Foi assim que conheci o Cuca. Ele dançava break naquela época. Interessante também é que ele é batera de fusion, o que significa que vai ser bom nas improvisações, o que cabe muito bem para música eletrônica reta, como meu som, que é baseado em house e techno. Se ele fosse de rock ou ska, por exemplo, não teria muito a ver.

Você pensou na possibilidade de chamar alguém para o vocal?
Pensei em chamar vocalista, mas ia complicar. O mais importante não nessa apresentação não vai ser o vocal, que aparece nas minhas músicas de maneira muito sutil. Tem apenas umas três músicas minhas com vocal. O que vai se destacar bastante na apresentação será a guitarra, que vou tocar em 4 ou 5 músicas, além do baixo e da bateria, que vai comer solta, e dos synths.

E você planeja mostrar alguma música nova?
A apresentação vai ser mais baseada no repertório que já lancei. Vai ter um pouco de Chromophobia (álbum que Gui lançou pelo selo alemão Kompakt em 2007), um remix ou outro. Acho que a galera que gosta do meu álbum, que gosta de rock e tem ouvido aberto para coisas novas vai curtir.


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Gui Boratto estréia com banda no Skol Beats

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