A cantora mexicana Gloria Trevi, detida no Brasil desde janeiro de 2000, comunicou ao Supremo Tribunal Federal que aceita a extradição ao seu país, onde deverá enfrentar julgamento por violação, rapto e corrupção de menores, informaram na quinta-feira os advogados da artista.
“Hoje foi apresentado por escrito o adiantamento da petição do México (…) Quer dizer que (Trevi) está de acordo com a extradição”, disse à Reuters o advogado César Fentanes, responsável pela defesa da ex-rainha do pop mexicano.
Se o Supremo Tribunal Federal aceitar o pedido da cantora, Trevi viajará ao México no sábado ou no domingo. Ela deverá ser levada a uma penitenciária da cidade mexicana de Chihuahua, onde estão registradas as denúncias contra a artista.
Recentemente, o Ministério da Justiça tinha negado um pedido de Trevi para permanecer no Brasil como refugiada política, o que acabou acelerando o processo de extradição.
A cantora, de 32 anos, está presa em Brasília junto de seu representante artístico, Sergio Andrade, e da corista María Raquenel.
Trevi teve um filho no Brasil que, segundo afirmou em um livro lançado há pouco tempo, é fruto de um estupro que sofreu de um agente da prisão.
A polícia, com base no resultado de exames de DNA, havia afirmado anteriormente que o pai do filho de Trevi, Angel Gabriel, era seu representante artístico. Trevi e Andrade foram amantes e passaram algum tempo na mesma cela.
A gravidez da cantora se tornou um escândalo uma vez que visitas conjugais eram proibidas na prisão onde a artista estava detida.
Trevi viajará ao México com seu filho e as condições de sua viagem estavam sendo negociadas junto à embaixada do México em Brasília.