Um episódio muito chato na carreira do músico Carlinhos Brown hoje é encarado com naturalidade pelo cantor e visto até de uma outra forma. Para ele, a “chuva de garrafas” que levou do público no Rock in Rio 2001 o ajudou a ficar conhecido no mundo todo.
“Eu provoquei aquilo. Eu precisava provocar aquilo. O rock fala sobre atitude. E eu estava no lugar certo. Sim, com minhas deficiências, mas eu queria usar aquela saia, aquele cocar, foi um choque cultural. E o que os roqueiros fizeram? Fizeram com que eu ficasse conhecido no mundo inteiro, disse.
A hostilização contra o cantor brasileiro aconteceu em um dia do evento em que se apresentariam inúmeras bandas de rock. A revelação de Brown sobre o episódio anos depois aconteceu no Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, nesta sexta.
Carlinhos Brown, inclusive, se disse orgulhoso do rock brasileiro. Mesmo muito mais ligado ao axé, ele tem participações importantes em alguns álbuns de bandas, como o Roots, do Sepultura, em 1996.
Além de outros acontecimentos da carreira e do mundo da música, Brown aproveitou também para falar sobre Carnaval e não deixou de lembrar as conotações sociais que sempre defendeu. “O Carnaval é um ambiente forte de discussão. Nele as pessoas estão dançando, mas assimilam coisas quando veem uma escola de samba, um grupo afro ou uma reportagem”.