Frank Ocean
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Frank Ocean contou em entrevista à GQ, que chega às bancas em dezembro, que “chorou como um bebê” quando, em julho, assumiu publicamente sua homossexualidade em uma carta no Tumblr.
“Foi como se toda a frequência de repente tivesse mudado na minha cabeça. Como se todos os receptores estivessem recebendo um sinal diferente, e eu estava feliz”, afirmou. “Não estava contente havia um bom tempo. Desde então fiquei triste novamente, mas era de uma forma totalmente diferente. Há algo de mágico na verdade, na honestidade e em estar aberto.”
Sua abertura, no entanto, não inclui relacionar-se a rótulos sobre sua sexualidade, e Ocean rejeitou ser definido pelo termo “bissexual”. “Você pode passar para a próxima pergunta”, disse, durante a conversa com o veículo. “Eu respeitosamente direi que a vida é dinâmica e que com ela vêm experiências dinâmicas, e o mesmo sentimento que eu tenho com relação a gêneros musicais, eu tenho com uma série de rótulos e prateleiras e essas merdas todas.”
Para Ocean, sexo e sexualidade ocupam uma posição secundária no romance. “Não sou encarte de revista. Não estou tentando te vender sexo”, afirmou. “Não preciso rotular para que isso tenha impacto. As pessoas percebem que tudo o que eu digo é muito relacionável, porque quando você fala em amor romântico, os dois lados sentem a mesma coisa.”
Porém, ele revela que sente que talvez a carta na qual assume ser gay tenha prejudicado em parte sua carreira. “Na música negra, há tantos trancos e barrancos no que se refere à aceitação e tolerância com relação a esse assunto”, comentou. “Reflete algo enraizado, sabe? Alguns dos meus heróis se pronunciando, falando de forma imprudente sobre o assunto. É tentador dar a essas coisas – à ignorância – mais atenção do que elas merecem.”