O Forgotten Boys é uma daquelas bandas que agradam a gregos e troianos. Desde 1997, a banda circula por cenas totalmente distintas, seja festival de hardcore ou show de hard rock.

Agora, o quarteto formado por Gustavo Riviera e Chuck Hipolitho (guitarras e vocais), Zé Mazzei (baixo) e Flávio Cavichioli (bateria) está lançando seu mais novo álbum, Louva-a-deus, e fará um show acústico na próxima sexta (3), no Teatro Popular do SESI.

O show

O vocalista e guitarrista Gustavo conta de onde veio a idéia da apresentação desplugada. “Isso foi uma proposta que o SESI nos fez há algum tempo e nós aceitamos como um desafio mesmo. Tocamos em um teatro menor e deu certo. Curtimos bastante e vamos tentar agora em um espaço maior.”

A energia com que a banda toca ao vivo é um dos pontos fortes do quarteto e Gustavo não acha que baixar o volume seja suficiente para acabar com essa qualidade.

“O ponto principal é que somos nós mesmos tocando”, ri. “A energia do show é a mesma que nas apresentações elétricas.”

Quanto ao repertório do show desplugado, o guitarrista revela alguns detalhes.

“Eu vou tocar teclado em algumas das músicas, que é algo que eu nunca faço”, conta Gustavo. “Vamos tocar alguns covers como Velvet, Kiss e músicas do novo álbum. Talvez até alguma coisa antiga, do primeiro disco.”

O Passado.

Muitas bandas passam anos tentando atingir o que o Forgotten sempre fez. Agitar públicos diferentes, independentemente de onde tocam.

Na opinião de Gustavo, isso acontece porque a banda sabe se colocar no estúdio sem se rotular:

“Acho que isso acontece pelo fato de sermos uma banda livre de qualquer preconceito. O Forgotten não é diretamente ligado a nnhuma cena. No novo álbum, por exemplo, tem influências de funk e reggae”, conta. “Isso nos torna uma banda cada vez mais livre.”

Louva-a-deus

O novo álbum do quarteto paulista vem baseado em um conceito de antropofagia musical. Foi lançado pelo selo da própria banda, o Forgotten Boys Records, gratuitamente via internet, através da página da banda em um site de relacionamentos.

O título e a arte da capa (que retrata o quarteto junto a inúmeras cabeças) fazem referência à fêmea do Louva-deus que come a cabeça de seus parceiros após o acasalamento. Para a banda, esse “canibalismo” é como a absorção de diferentes influências e diferentes coisas dentro do mesmo caldeirão.

“O que tornou esse álbum diferente foram as próprias composições que acabaram por trazer esses novos estilos para o nosso som. Não foi planejado”, revela Gustavo.

“A produção do Apollo 9, que produz música eletrônica e a mixagem experimental do Roy (Cicalla, engenheiro de som e mixagem) deram uma cara mais prática para o nosso som, tirando as coisas que estavamos fazendo ‘demais'”, continua o guitarrista.

Com uma cara mais direta, Louva-a-deus mostra uma banda que amadureceue conseguiu captar mais influências, sem se descaracterizar.

Destaque para as faixas News From God, o single Quinta-feira, a empolgante Don’t be Afraid e a divertida Got my Eyes.

A banda gravou 5 canções em português no novo álbum, mais do que em todos os outros lançamentos. Gustavo explica essa mudança.

“Nós pegamos mais confiança para escrever em português. Antes nós achavamos que não ficava legal com nosso som e nossas letras em português não nos agradavam. Agora vimos que isso é possível”, comemorou.

Serviço

Forgotten Boys Acústico

Local: Teatro Popular do Sesi
Endereço: Av. Paulista, 1313

Data: dia 05/09 (sexta-feira)

Horário: 20 horas.
Preço: R$10,00 (inteira)
R$5,00 (meia entrada)

Vendas na bilheteria do teatro ou pela Ticketmaster, (11) 6846-6000 ou www.ticketmaster.com.br.

São vendidos apenas 2 ingressos por pessoa.

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Forgotten Boys: Gustavo Riviera comenta novo álbum e show acústico