O responsável pelo setor de música do Fora do Eixo, Felipe Altenfelder, postou em sua página no Facebook uma resposta a Daniel Peixoto, músico que, em entrevista ao Virgula, acusou a organização, que congrega coletivos pelo Brasil de não tê-lo pago pela venda de seu disco e de ter registrado suas músicas em nome de outra banda.
No texto, Altenfelder diz que Peixoto os calunia, diz que o registro das músicas não foi feita pela fato de Peixoto não ter feito os trâmites burocráticos necessários e encerra o texto dizendo que estão dispostos a resolver a questão. “Dos 475 discos que ficaram na casa Fora do Eixo, 175 foram distribuidos para cidades em todo o Brasil, 130 foram retirados pelo próprio artista, 90 foram entregues a jornalistas e produtores e 97 ainda estão em estoque. Continuamos à disposição para auxiliar no que for possível para resolver a questão, mas para isso o artista precisa regularizar sua situação com alguma associação conveniada ao ECAD, e abrir o diálogo ou indicar alguém para acertar o valor referente as 175 unidades que foram distribuidas nas banquinhas e, se quiser, retirar as peças que ainda estão no estoque.”
Peixoto, por sua vez, fez uma tréplica em sua página no Facebool (aqui). Na tréplica, o músico pede uma resposta à cineasta Beatriz Seigner, que também usou o Facebook (aqui).
Leia o texto de Altenfelder na íntegra
Mastigando Humanos, a calunia de Daniel Peixoto.
Andre Pomba em seu Blog no Dynamite Online reproduziu uma nota do cantor Daniel Peixoto que ao avaliar de forma irresponsavel os resultados de uma parceria para o lançamento de seu disco “Mastigando Humanos” com o nosso selo Fora do Eixo Discos, acaba acusando a rede de estelionato e apropriação indevida de recursos.
Na nota e em entrevistas sobre o tema, Daniel destila um ponto de vista leviano e difamador para analisar uma relação construida dentro do mercado independente.
Dado o aspecto grosseiro da acusação em um momento onde o Fora do Eixo, rede que soma os esforços de mais de 2000 pessoas e está em evidência, como o portal Virgula que também repercutiu o assunto coloca, sabemos que essas mentiras podem prejudicar de forma injusta o trabalho de produtores em todo o Brasil.
Nesse contexto, venho aqui tornar publico nosso esclarecimento.
1 – Monstro Discos
Daniel mente quando coloca que foi prometido distribuição pela monstro discos visando garantir a venda dos discos nas grandes livrarias e lojas de departamento, o que segundo ele traria a demanda de um
código de barras.
Oferecemos os mesmos serviços que foram disponibilizados para centenas de artistas que trabalhamos em SP em 2011, onde o principal objetivo da Distribuição não era o lucro com a venda dos discos, comercializados em uma pequena quantidade, e sim a promoção do material.
Através da rede de banquinhas do fora do eixo, que comercializa produtos prioritariamente em eventos e festivais, faríamos uma parte dos discos prensados por Daniel (475 Unidades) chegarem em todo o Brasil sem custo para o artista. Isso foi realizado.
Sobre a venda dos discos foi apresentado que o valor total correspondente a 475 discos eram de responsabilidade da casa fora do eixo de São Paulo garantindo que cada coletivo pudesse distribuir os discos para Radios Comunitarias, DJs, jornais e etc em cada cidade.
Sincronizado a essa distribuicão era nossa responsabilidade buscar fortalecer com outros serviços o gerenciamento da carreira de Daniel com agenciamento de shows, assessoria de imprensa, hospedagem e outros serviços oferecidos pela nossa plataforma na musica.
2 – ISRC
Mesmo sem o codigo de barras na caixa, para se lançar um disco e poder realizar a arrecadação de direito de autor por execução do fonograma é necessario gerar o numero de ISRC para cada musica.
O artista tem nesse caso duas opções.
1- gerar o ISRC em seu nome mediante a posse de um registro pessoal na ABRAMUS ou entidade similar.
2 – Gerar o ISRC através de selo ou editora que passa a obter os direitos de cada fonograma e faz a gestao da arrecadação junto ao ECAD.
Na época da prensagem do disco, Daniel não possuia um registro na ABRAMUS ou em outra entidade e consentiu que fizessemos o registro das faixas em nome do selo Independencia ou Marte Discos, da cidade de São Carlos e que faz parte da nossa rede de distribuicao.
Nesse momento de fato ocorreu um erro na geração do cadastro e as musicas foram registradas em números que ja existiam referentes as musicas do disco da banda Aeromoças e Tenistas Russas, que lança seus discos pelo mesmo selo.
Reverter isso seria muito simples, bastaria Daniel realizar a sua fliliação a ABRAMUS e notificar o ECAD. Infelizmente isso não aconteceu dando inicio a uma polêmica vazia, pq para que isso ocorra o músico tem que se filiar pessoalmente, e Daniel não o fez, ou ao menos não nos informou se foi feito.
3 – “Todo dinheiro que é meu por direito com venda e licenciamento de minhas músicas está indo para outros artistas”
Aqui novamente de forma caluniosa Daniel acusa o Fora do Eixo.
É muito importante registrar que quando ocorre um erro como esse, o ECAD identifica a falha e retém a verba que for arrecadada por execução em novela, rádio ou em qualquer outro espaço fiscalizado.
Nem a banda (que teve seus números de ISRC utilizados) nem o Fora do Eixo jamais receberam esse dinheiro, ele está disponivel no ECAD para ser retirado pelo Daniel quando a situacao for regularizada.
Desde a época do lançamento orientamos Daniel a realizar a sua filiação a ABRAMUS, o que garantiria inclusive que ele seguisse protegido para qualquer lançamento futuro. Só utilizamos o nosso selo para atender o desejo do artista em relação ao cronograma de lançamento, e isso estava acordado com o próprio.
Após o texto reproduzido pelo Dynamite ter sido postado em um Tumblr, procurei Daniel para resolvermos de uma vez por todas a questão e até a última vez que falamos com ele ha cerca de um mês atras, após muitas tentativas e contatos da nossa parte esse registro ainda não havia sido feito.
Mais do que se organizar e garantir estabilidade nesse campo da carreira e retirar a verba que é sua, infelizmente Daniel parece estar em busca de gerar polêmica e ganhar audiência na carona da repercussão do Roda Viva.
4 – Os Discos.
Dos 475 Discos que ficaram na casa Fora do Eixo, 175 foram distribuidos para cidades em todo o Brasil, 130 foram retirados pelo próprio artista, 90 foram entregues a jornalistas e produtores e 97 ainda estão em estoque.
Continuamos a disposição para auxiliar no que for possível para resolver a questão, mas para isso o artista precisa regularizar sua situação com alguma associação conveniada ao ECAD, e abrir o dialogo ou indicar alguém para acertar o valor referente as 175 unidades que foram distribuidas nas banquinhas e se quiser retirar as peças que ainda estão no estoque.