Começa hoje (27) no Rio de Janeiro o festival de cultura negra Back 2 Black. São três dias de eventos com shows e conferências sobre assuntos como direitos humanos, criatividade e literatura. Com uma grade de apresentações de deixar qualquer amante de música negra doido, nós selecionamos alguns dos gringos que você não pode perder.
Seun Kuti é filho do lendário pioneiro do afrobeat, Fela Kuti, e toca com a banda Egypt 80 – que era comandada pelo seu pai. Sem dúvida é um pedaço importante da história musical africana. O som é tipicamente africano, sem maquiagem e com muita personalidade.
Erykah Badu, que também toca em São Paulo, é muito famosa no meio do R&B e do jazz. Conhecida como “rainha do neo soul”, a moça foi nomeada 20 vezes ao Grammy (sim, vinte!) e ganhou quatro. É um show pra assistir atento. Muita informação!
Zola tem uma origem humilde. Poeta, músico e cantor, ele cresceu em meio a miséria de Soweto – cidade símbolo da resistência anti-racista durante o apartheid. Seu som tem uma melodia melancólica, mas as letras e o estilo de cantar emprestam a agressividade do hip-hop. Ele ostenta uma posição de respeito entre os artistas com mais discos vendidos na África do Sul.
Theophilus London tem um estilo mais comercial se comparado aos outros nomes do line-up. Esse lado pop se aflorou com o lançamento do álbum This Charming Mixtape, que ele assintou junto com a sua banda – The Lovers – em 2009. London tem sido frequentemente citado por publicações como o New York Times e a Rolling Stone.
Dave Stewart foi metade do Eurythmics, famoso duo britânico de música eletrônica pop dos anos 1980. Depois disso sua sonoridade se tornou um bocado mais orgânica, com muitas guitarras. Seu lado empreendedor se mostrou eficaz, conseguindo se manter em evidência por tanto tempo. Ele já vendeu 80 milhões de discos com o Eurythmics e mais 20 milhões sozinho.
Joya Bravo é uma americana de 24 anos que começou a tocar violino aos 9. Essa precocidade lhe rendeu uma cadeira na respeitada orquestra Metropolitan Atlanta Youth Symphony. Joya é dona de um jeito alegre e uma voz negra tipicamente linda.
Taj Mahal foi um nó central na complexa rede de artistas que deram forma ao blues no século XX. O cantor, compositor e multi-instrumentista tem quase 50 anos de carreira e ganhou dois Grammys das nove indicações que teve. Com uma disposição rara, Mahal faz até 150 shows por ano.
Vieux Farka Toure é mais um filho de peixe grande. Com o sangue de Ali Farka Touré correndo nas veias, esse maliano tem referências jamaicanas claramente estampadas em suas faixas. Abusando das cordas do seu violão e soltando a voz, ele mantém um estilo muito próprio em suas faixas
Lizz Wright já esteve no primeiro lugar do ranking da Billboard de Jazz Contemporâneo. Um reconhecimento e tanto pra uma cantora em ascensão, com uma pegada predominantemente melancólica. Espere por faixas calmas, com espaços pra banda sobressair e vocais suaves.
Serviço:
Back 2 Black – 27,28 e 29 de agosto
http://www.back2blackfestival.com.br
Estação Leopoldina – Barão de Mauá
Av. Francisco Bicalho s/n
Centro – Rio de Janeiro – RJ