Jon Bon Jovi subiu ao palco do Rock in Rio nesta sexta (20) com o jogo ganho. Todas e todos estavam lá para vê-lo. Mas o guitarrista e segunda voz Richie Sambora fez falta e houve quem sentisse falta do baterista Tico Torres, subistituído em cima da hora.

A opção de imitar os vocais processados com efeitos, marca registrada de Sambora aumentam ainda mais a sensação de algo está faltando. Da mesma maneira, aqueles que assistiram à transmissão pela TV Globo e Multishow, certamente perceberam que as câmeras focalizavam apenas Jon e o tecladista.

Da escolha do repertório, os blocos de músicas novas surgiram como anticlímax. E mesmo nas antigas, Jon parecia ter se rendido à chocante constatação que ele havia envelhecido. Logo ele. Mas não para seus fãs, para quem ele sempre será digno de idolatria e mergulhado na fonte da juventude. 

Pior fez o Nickelback, que passou longe da expectativa de fazer um pós-grunge, e mergulhou a Cidade do Rock em um limbo sonolento. Como o Matchbox Twenty, que havia tocado antes, disposição não faltou. Mas se eles representam a renovação do rock, melhor chamar os velhinhos.  

Em uma sexta que talvez tenha tido o pior line-up desta edição, quem salvou a pátria (americana) foram Ben Harper e Grace Potter. E se o blues deu origem ao rock and roll, talvez esteja faltando à geração atual um pouco da sujeira da Mississippi. Às vezes, é preciso se embrenhar na lama.


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