Esta é a primeira vez que o Brasil recebe um festival de grande porte como o SWU, com três dias de atrações, quatro palcos e uma estrutura gigantesca longe da cidade. Embora a Fazenda Maeda, localizada em Itu, não seja exatamente um local desconhecido do público de São Paulo, era de se esperar que o festival enfrentasse diversos problemas de logística para conseguir organizar um evento deste porte.

Mesmo antecipando essas dificuldades, ninguém estava preparado para o que aconteceu após o fim do show do Rage Against The Machine. A apresentação terminou pouco antes da meia noite, e logo em seguida o público começou a se dirigir à saída principal.
Para evitar que as pessoas levassem seus carros (em prol da “sustentabilidade”), a organização garantiu que haveriam ônibus para o translado até a rodoviária de Itu e do Tietê e para os estacionamentos próximos à Maeda.

Mas não foi isso que aconteceu. Por volta de 1h da manhã a fila para esperar os ônibus era gigantesca, mas mesmo assim nenhum veículo apareceu. Para piorar a situação, não havia ninguém da produção para informar o público quando (e se) os ônibus chegariam. O público foi obrigado a esperar durante horas na beira da estrada em um frio cortante, e até 4h da manhã não havia aparecido ninguém da organização para dar uma satisfação ao público gigantesco que esperava por um ônibus para sair da Maeda.

Pouco antes desse horário, diversos grupos de pessoas já haviam desistido de esperar na fila oficial e se dirigiram a pé para o estacionamento oficial do evento, no qual alguns ônibus se agrupavam antes de passar na entrada do festival para pegar os passageiros. Como a rodovia Castelo Branco estava completamente paralisada, o público precisou andar no meio dos carros para conseguir tentar a sorte e subir em algum dos ônibus – mas nenhum deles abriu as portas.

Por volta das 5h, um grupo gigante de pessoas ainda se amontoava na beira da Castelo Branco, incapaz de voltar para os estacionamentos e com um nítido desespero na cara. A equipe do Virgula Música era um dos grupos que aguardava pelos ônibus de imprensa, que também não vieram e nos obrigaram a esperar até o começo da manhã em plena rodovia, um local extremamente perigoso de embarcar e mesmo de conseguir pegar um ônibus.

O caos foi tanto que muitas pessoas gritavam que estavam vendendo os ingressos para os demais dias do festival, já que a estrutura do evento simplesmente não suportou a demanda.

A produção do evento organizou uma coletiva de imprensa na tarde deste domingo (10) afirmando que os problemas de estrutura aconteceram devido ao número de ônibus, apenas 80 para atender todo o público. A produção garantiu que a partir de hoje serão disponibilizados 120 ônibus na saída dos shows.


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Falta de transporte causa confusão e desespero na saída do 1º dia do SWU

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