Elza Soares caiu nos braços de São Paulo em 1960. Dois anos depois, com seu segundo disco gravado, foi convidada para representar o Brasil na Copa do Mundo ao lado do cantor Louis Armstrong. Na ocasião, a cantora conheceu Mané Garrincha, com quem se casaria mais tarde.

Até 1986, a vida de Elza se divida em shows e gravação de disco, ou melhor, LPs. E foram muitos: Se acaso você chegasse e A Bossa Negra em 1960; Sambossa (1964); em 1965, foi a vez de Um show de beleza, também pela Odeon; em 1966, saiu pela mesma gravadora o LP Com a bola branca; em 1969 gravou Elza, Carnaval & Samba cantando sambas-enredo, como Bahia de todos os deuses (João Nicolau Carneiro Firmo, o Bala, e Manuel Rosa) e Heróis da liberdade (Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Manuel Ferreira), e na sequência, mais cinco discos.

A morte do filho Garrinchinha, em 1986, fez com que Elza desse uma parada na carreira, e retornasse apenas em 2000, quando gravou uma coletânea com todos os seus sucessos. O novo e aguardado disco, Do Cóxix Até o Pescoço, viria apenas em 2002.

Reconhecida entre fãs antigos e jovens que descobriram o valor do samba e da música negra brasileira, Elza Soares, aos 69 anos, completa 57 anos de carreira e como homenagem, ganha uma exposição de fotos em São Paulo que conta toda a sua história, de filha de lavadeira até estrela nacional.

“Elza nos Braços de Sampa” faz em 35 fotos uma retrospectiva da vida e da carreira de Elza. Com curadoria de Anna Vacchiano, as fotografias são reproduções das originais do acervo da cantora e dos acervos do Jornal O Globo e Jornal do Brasil.

A exposição “Elza nos braços de Sampa” está na Caixa Cultural a partir de 26 de agosto a 1° de outubro, no Edifício Sé (Praça da Sé, 111). A entrada é franca.


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Exposição homenageia os 57 anos de carreira de Elza Soares