Na estrada do rock ele está há 25 anos, mas a paixão pelo São Paulo Futebol Clube veio antes, muito antes. “Foi a única boa influência que meu pai me deixou”, diz brincando o vocalista do Ira! se referindo ao pai, capixaba que veio do Espírito Santo para São Paulo com 17 anos, já torcendo para o tricolor paulista.

Nasi e o pai eram as ovelhas negras, no bom sentido, de uma família italiana e palmeirense. Mas nunca houve rivalidade. “A paixão pelo São Paulo começou com meu pai me levando ao estádio. Ele era amigo do Toninho Guerreiro (jogador) e às vezes a gente chegava pelo portão de trás, meu pai chamava o Toninho e entrávamos de graça”, relembra ele, que viu muitos jogos com o Morumbi ainda pela metade, em construção.

O futebol também ajudou na relação pai e filho, funcionando como uma “válvula para diminuir o conflito de gerações”, nas palavras de Nasi. “Podíamos discordar de tudo, mas o futebol era a única coisa em que concordávamos”.

Jogos inesquecíveis e decepções

Nasi tem na memória muitos jogos inesquecíveis, e sim, ele lembra de todos os detalhes. Ele destaca a vitória do Mundial de 2005, sob o Liverpool por 1 a 0. “O São Paulo fez um gol e passou o jogo inteiro se defendendo”. Cita a final do nacional de 1977, contra o Atlético-MG, na época, o melhor time do Brasil comandado por Telê Santana, decidida por Valdir Perez num pênalti. Sem contar uma final decidida aos 46 do 2° tempo contra o Palmeiras nos anos 80.

E se o futebol traz bons momentos, também traz tristezas. Nessa categoria, Nasi não esquece as duas finais do Brasileiro em que, no estádio, viu o São Paulo perder de Grêmio e Vasco.

Loucuras pelo time? Ele ainda não fez nenhuma (na verdade diz que suas loucuras não podem ser reveladas). Também não compôs nenhuma canção para o time do coração, mas no último disco de hinos dos clubes da Placar, é ele quem da voz ao hino tricolor.

Craques

“Fui muito ao estádio durante a década de 70, hoje não vou mais porque você é mal recebido, é ruim comprar o ingresso, você pode ser assaltado, agredido. Mas, com respeito aos ídolos do passado, pela história no clube, acho que o Rogério Ceni é o maior craque do São Paulo”. Na opinião do cantor, o goleiro além de artilheiro (com recorde de gols), veste a camisa do clube e foi fundamental nas conquistas recentes do time.

E voltando no tempo, Nasi não deixa passar o nome de Pedro Rocha, o meia-esquerda uruguaio que segundo ele, “está para o São Paulo assim como Ademir da Guia está para o Palmeiras”.


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Exclusivo: 'Ser tricolor foi uma boa influência do meu pai', diz Nasi, do Ira!