Um dos hinos da carreira de Cazuza, Exagerado ganhou uma edição “re-colour” em homenagem aos 30 anos de seu lançamento. Exagerado 3.0 celebra o primeiro single da carreira solo do cantor, numa produção musical de Liminha e programações de Kassin. Com a voz original de Cazuza, a faixa também tem participação de João Barone (Paralamas) e Dado Villa Lobos (Legião).
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Com vontade de ter maior liberdade para compor e se expressar, Cazuza deixou o posto de frontman do Barão Vermelho em 1985 e se lançou em carreira solo. Em novembro daquele ano, chegava às lojas seu primeiro álbum, Exagerado, que vinha de cara com o megahit homônimo. Composta por Cazuza, Leoni e Ezequiel Neves, a música tornou-se não só um dos maiores sucessos da carreira do cantor, mas também sua marca registrada, sinônimo de um artista que se definia como um “exagerado”, tanto em sua vida quanto em sua arte.
Uma realização da Musickeria CORP, a produção reúne um time de peso, com artistas que são parte da história do rock brasileiro e foram influenciados pela obra de Cazuza em suas trajetórias. Marco de uma geração e ainda tão atual quanto na época de seu lançamento. “Para nós é uma honra desenvolver essa ação com uma canção que marcou toda uma geração e de um dos maiores ícones da nossa música. Com essa edição ‘re-colour’ abre-se uma nova oportunidade para todas as gerações voltarem a ouvir e se emocionar com esse grande sucesso”, afirma Luiz Calainho, sócio-diretor da empresa.
O processo de “re-colour” consiste em colocar uma nova roupagem na música, com trilhas e elementos instrumentais inéditos, para imprimir estética e “cores” mais contemporâneas, mantendo a voz de Cazuza e a essência original da canção. Exagerado 3.0 tem produção musical, baixo e violões de Liminha, bateria e pandeirola a cargo de João Barone (Paralamas do Sucesso), guitarras por Dado Villa Lobos (Legião Urbana), teclado e programações por Kassin e mixagem de Liminha e Daniel Alcoforado, mantendo a voz original de Cazuza.
Durante o processo de produção em estúdio, iniciado com a audição do fonograma original em trilhas abertas, cedido pela Som Livre, foram reveladas algumas curiosidades, como uma risada final de Cazuza, que havia sido cortada na versão original, mas que acabou sendo aproveitada na íntegra em Exagerado 3.0.
“Quando chegou a voz do Cazuza, limpa, sem nenhum instrumento, eu senti uma emoção”, declara Liminha. “Como ele canta bem, como ele interpreta, como a versão é incrível”, completa Dado Villa Lobos. “Quando a gente ouve a voz solada de Cazuza, sente um arrepio”, garante Barone.
“O que a gente fez com essa versão foi trazer para 2015”, afirma Liminha. “A gente quis fazer uma estrutura meio enxuta, uma banda de rock mesmo, que possa até reproduzir isso ao vivo com muita fidelidade. Quem ouvir essa música no rádio vai sentir que é uma coisa nova”, diz o músico que foi dos Mutantes e se tornou um lendário produtor do rock brasileiro.
Baterista da banda Paralamas do Sucesso, que várias vezes dividiu o palco com Cazuza e o Barão Vermelho, João Barone afirma que Exagerado é uma das músicas que mais sintetizam o espírito de Cazuza. “Quando a gente começou, o Barão já tinha saído com um disco, já estava em outro patamar. A gente vinha em direções muito diferentes, mas a gente conhecia muito bem as virtudes do Barão, do Cazuza, e teve um convívio muito intenso e muito curto. Eu achei muito legal a ideia de pegar esses caras todos e fazer essa homenagem. Esse relançamento é uma grande homenagem”, diz.
Cazuza
Créditos: Reprodução/Site oficial
Guitarrista da Legião Urbana, Dado Villa Lobos relembra a primeira vez que viu Cazuza e o Barão se apresentando, no Autódromo, em Brasília, no começo dos anos 80. “Foi ali, naquele momento, que eu me dei conta do que estava acontecendo no país, no Rio de Janeiro, na música nacional. Por isso, regravar essa música, com novos arranjos, mas mantendo a voz do Cazuza, é algo instigante”, afirma.
Exagerado 3.0 será lançada em todo o país em maio. Parte dos direitos obtidos com a venda digital da nova versão da música será doada à Sociedade Viva Cazuza, que completa 25 anos em 2015 e foi criada por Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor, para dar assistência a crianças e adolescentes portadores do vírus HIV, assistência social a pacientes adultos em tratamento no Rio de Janeiro e difundir informações científicas sobre a doença para profissionais de saúde e leigos.
E nós continuamos, Cazuza, jogados a seus pés.