Fred Camacho comemora 30 anos de carreira e 44 anos de vida nesta quinta

Hoje é dia de comemoração em dose tripla para o sambista Fred Camacho. Comemorando apenas 44 anos de vida nesta quinta-feira (9), a cria do Salgueiro também festeja os 30 anos de carreira, lança o seu primeiro single solo e ainda conversa exclusivamente com o Virgula sobre o seu grande momento.

Com “No Toque do Alabê”, Fred deixa o “por trás da música” de lado para assumir o controle do microfone de suas composições. Exímio musicista, agora a veia do cantor fala mais alto na estupenda carreira de dedicação ao samba.

“Eu vivi a minha vida toda em cima de palcos. Trinta anos atrás eu tava tocando na bateria mirim do Salgueiro. O palco foi um dos lugares em que passei a maior parte da minha vida. Quando você é músico, você está na retaguarda. Um dia ouvi do Martinho da Vila que eu sairia da retaguarda para vir para frente. Está aí”.

Fred é compositor nato e vinha dividindo nos últimos meses os microfones com parcerias de sucesso, entre elas Xande de Pilares, Zeca Pagodinho e a diva Maria Rita, com quem toca há seis anos.

Em dezembro de 2020 ele já havia lançado “É Hora”, gravada com o amigo Xande de Pilares, e, em fevereiro, regravou o clássico “Lente de Contato”, ao lado de ninguém menos que Zeca. Em julho foi a vez de “Fale quem quiser”, com a companhia de Maria Rita.

Agora vem “No Toque do Alabê”, com voz solo e refrão marcante, como ele mesmo diz: “o refrão que o samba pede”. “No Toque do Alabê não foi uma música demorada. Foi uma música em que eu encontrei com o Leandro [Fab, parceiro de composição] e a gente começou a fazer. A gente matou a música, assim, muito rápido”.

Humilde, Fred relembrou o trabalho que fez há dez anos, saindo para fazer shows pelo Brasil com um disco, mas que por motivos particulares não o fez dar tanta importância para a carreira de cantor, algo que mudou neste momento. “Do ano passado para cá, passei a dar realmente mais atenção à minha carreira artística”, contou.

Ansiedade pelo segundo álbum da carreira

Os fãs que estão aguardando ansiosos o lançamento do segundo álbum da carreira precisarão esperar mais um pouquinho. Eu até tentei ter esperança na pergunta de que o projeto viria neste ano, mas Fred é cauteloso.

“Eu acredito que eu venha a lançar alguns singles. Ainda não está certo, mas acredito que vou continuar lançando singles. O disco tá pronto. Até o final do ano talvez, mas está mais pro início do ano que vem”.

Apesar de não especificar a data, Fred garante que o resultado será fantástico, do jeito que ele sonhou e com tanto carinho imposto. “O disco tá bem bonito. Tem muita surpresa boa. Tem samba com Zeca que a Maria Rita gravou, tem samba inédito com Zeca, tem música com Arlindo Cruz. Disco tá bem legal”.

Inspirações

Almir Guineto. Fred faz questão de lembrar muitos nomes com quem trabalhou, trabalha e que o ajudaram na música. Mas quando falo da palavra inspiração, o nome do início deste parágrafo já diz tudo.

“Certas pessoas a gente não conhece, a gente reconhece! Eu não conheci Almir Guineto e nem Mestre Louro, eu reconheci. Nós já tínhamos amizade já de outro momento, de outra vida. Acredito muito nessa espiritualidade”.

“Quando eu falo de amizade, falo de respeito, da confiança. Isso tudo ocorre naturalmente. Nada pode ser forçado. Na música nada é forçado, quando você vê, você já está. Quando menos você espera, as coisas boas acontecem”.

Um show de músico, um show de ser humano. Feliz aniversário a um dos maiores sambistas do Rio de Janeiro. Feliz aniversário, Fred Camacho.


int(1)

Exclusivo! Comemorando 44, Fred Camacho fala dos 30 anos de carreira ao Virgula

Sair da versão mobile