Fotos dos bastidores do clipe ‘Preciso ouvir música sem você’, de Aíla


Créditos: Divulgação
Com exclusividade para o Virgula Música, a cantora paraense Aíla divulgou nesta terça-feira (03) o clipe da faixa Preciso Ouvir Música Sem Você. A faixa foi escrita por Felipe Cordeiro. “Felipe me mostrou essa canção e disse que tinha tudo a ver comigo e com a estética do meu disco. De cara, eu amei a letra”, ela conta. “Coloquei no meu canto a força e a identidade que eu pensava para ela, um canto com notas mais graves, com estrofes mais fortes, debochadas e irônicas, e um refrão mais libertário, intenso e alegre”. 
  
Aíla gravou o clipe em São Paulo, aonde mora agora, em nova fase da carreira musical: “Tomar a decisão de seguir a carreira da música em Belém do Pará não é fácil, pelo contrário, é extremamente difícil. Não se tem perspectiva de mercado para a área cultural em Belém e muito menos nos interiores. Mas eu amo isso, então segui meu coração e fui com tudo”, ela explicou. “Desde a primeira vez que pisei em São Paulo, percebi que poderia realizar muitas coisas nessa cidade, e isso me trazia uma vontade enorme de mudar, experimentar”, se entusiasma.
 
No clipe, Aíla encarna a feminilidade intrigante e o calor latino de Frida Kahlo, o movimento e exuberância dos parangolés de Helio Oiticica, a intensidade de Marina Abramovic, os tons coloridos e estilizados da Pop Art, o jogo interativo das estéticas tecnológicas da projeção de imagem, e a narrativa provocadora de René Magritte – um jogo de referências estéticas que cercam a cantora. Assista:
 
 
O videoclipe tem direção de fotografia de Gustavo Godinho, direção de arte e cenografia de Beatriz Morbach, e roteiro e direção da paraense Carolina Matos. No enredo, Aíla acorda e se vê sozinha em casa. A partir daí, inicia um jogo em que percorre vários cenários e em cada um deles assume uma nova personagem. “Na verdade não são outras pessoas, mas as várias faces dela mesma”, conta Carol. “A cena do ‘Ceci n’est pas une pipe’ é muito marcante, pois é onde temos uma Aíla nua, no meio de um closet, cheio de possibilidades, segurando um quadro
que é um marco da arte conceitual. Quando Magritte desenha um cachimbo e diz que isso não é um cachimbo, é o mesmo que derrubar todas as fronteiras e abrir pra todas as possibilidades. A Aíla não é só uma, ela é quem ela quiser ser, da forma que ela quiser ser”, diz.
 
Para dar forma ao roteiro, foram necessários quatro meses. O trabalho, gravado em São Paulo, mobilizou uma equipe formada por 13 paraenses, 3 paulistas e um cearense. O resultado, para Carolina, extrapola a intenção de videoclipe e se revela um manifesto da artista. “Aíla é um ponto de cor na cidade cinza, ela é a transgressão dela mesma. ‘Preciso ouvir música sem você’ não pretende ser só um clipe, mas ser uma possibilidade de Aílas,
em forma de clipe, todas em uma só”, declara.

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EXCLUSIVO: Em ‘Preciso ouvir música sem você’, Aíla faz um manifesto de sua arte e brinca de ser Frida Kahlo e Helio Oiticica

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