Com 17 anos nas costas levando o rock n’ roll por todo o Brasil, a Cachorro Grande chega ao oitavo disco de estúdio sedento por inovação. Em Electromod, que acaba de ser lançado, o grupo gaúcho foi buscar inspiração na música eletrônica, flerte que já tinha começado no disco anterior, Costa do Marfim, de 2014. Mas, calma lá que em meio aos beats e sintetizadores, a essência roqueira da gurizada continua presente.
Em papo com o Virgula, o vocalista Beto Bruno conta que essa fascinação pela eletrônica vem dos alemães Kraftwerk, de discos como XTRMNTR, do Primal Scream, e passa pelas parcerias que o duo Chemical Brothers faz com artistas rocks. Outro fator que determinou essa direção mais experimental foi o produtor Edu K, da Defalla, que segundo o vocalista, foi peça fundamental para dar cara ao trabalho.
Por fim, não poderíamos deixar de perguntar a Beto sobre a emoção de ter tocado no mesmo palco que os Rolling Stones, sonho realizado no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, no início do ano. “Tudo o que aconteceu, e está acontecendo depois disso, está sendo totalmente diferente”, conta ele, e finaliza com ar de saudade: “Foi como ganhar na loteria”.