Uma saudade: Renato Russo
Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos entraram com uma ação
contra a família de Renato Russo alegando que vinham sendo impedidos de
utilizar o nome da banda. Após o processo, a Justiça
determinou na última sexta-feira (21) que agora a marca também pode ser
explorada pelos ex-integrantes da Legião Urbana.
A Legião Urbana Produções Artísticas foi criada em 1987 pelos
membros do grupo para proteção de direitos autorais. A legislação exige que
apenas uma pessoa seja proprietária da marca, então, ficou decidido que Renato seria
o sócio majoritário da empresa. Contudo, desde a morte do vocalista, há 16
anos, a empresa passou aos cuidados de sua família.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Bonfá e
Villa-Lobos contaram que enfrentavam empecilhos para realizar shows e tributos
à banda. Em setembro do ano passado, por exemplo, abriram mão de comemorar os
30 anos do grupo porque Giuliano Manfredini, filho de Renato, organizou o
evento com uma concepção artística com a qual discordavam.
Para o juiz Fernando Cesar Ferreira Vianna, da 7ª Vara
Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, ‘limitar os músicos a fazer
referência ao nome da banda em que atuaram por anos constitui um dano
irreparável’. Caso a decisão seja descumprida, a multa será no
valor de R$ 50.000 reais.
A empresa afirmou que irá recorrer
da decisão, e defende que nunca impediu os ex-integrantes de utilizarem a
marca. A assessoria citou como exemplo a participação do baterista e do
guitarrista no Rock in Rio e em um tributo que fizeram junto a MTV.