Quem conhece a história do Foo Fighters sabe que a saída do baterista William Goldsmith da banda foi um dos mais dramáticos capítulos da trajetória do grupo americano.
Em entrevista ao Daily Mail, o músico, que frequentemente se diz injustiçado pela decisão de Dave Grohl de pedir sua saída, voltou a falar sobre o tema e não poupou críticas ao guitarrista, dizendo que ele se comportava como um “valentão de escola.”
A declaração surgiu durante uma conversa sobre as gravações do disco The Colour And Shape, em 1997, que desencadearam na saída de Goldsmith. “Parece que o Dave ia regravar algumas das músicas. Eu não sei se o diretor mandou ele continuar ou o que rolou, só sei que, quando soube, todo o trabalho que eu havia feito tinha sumido, exceto por uma ou duas músicas”, afirmou ele.
O músico disse ter se sentido “estuprado do ponto de vista criativo.” “Foi uma forma de descrever como me senti. Quando você coloca tanto de si em algo e, em seguida, sem perceber, tudo é completamente destruído”, contou.
“Os empresários, os produtores, Dave. Acho que todos queriam que ele tocasse bateria naquele disco. Eu aceitaria se tivesse uma parte dele e uma parte minha. Ou mesmo que ao menos tivesse algum tipo de comunicação sobre o que estavam fazendo. Mas eles basicamente me arrancaram de tudo. Foi brutal. Acho que os produtores estavam esperando que eu desistisse, mas eu não desisti”, completou.
Foi aí que William comparou Grohl a um “valentão.” “Ele é como aquela criança que é popular mas malvada e, mesmo assim, todo mundo gosta dela”, garantiu.
Foo Fighters no Morumbi, em São Paulo
Créditos: Gabriel Quintão