U2 em São Paulo: primeira noite (9/4)
Créditos: divulgacao
A ex-assistente pessoal de Adam Clayton, o baixista do grupo irlandês U2, foi condenada nesta sexta-feira (6) a sete anos de prisão por ter roubado mais de 3,5 milhões de dólares das contas bancárias do conhecido músico.
Carol Hawkins, de 48 anos, já havia sido declarada culpada na última semana por 181 acusações apresentados pela defesa de Clayton, que questionavam a subtração desta grande quantia entre 2004 e 2008.
“Francamente, só a cobiça e a vontade de levar um estilo de vida luxuoso pode explicar a magnitude deste ato de deslealdade”, disse o juiz instrutor Patrick McCartan ao ler sua sentença.
Segundo o magistrado, o rigor da pena imposta possui relação com o fato de que a acusada, apesar de todas as provas apresentadas, jurou sua inocência durante todo o julgamento, o que dava a entender que o dinheiro roubado “te pertencia”.
Neste sentido, McCartan duvidou que Carol estivesse arrependida e declarou que a condenada poderia voltar a cometer esse mesmo crime se estivesse em uma situação similar.
“Estes são crimes provocados pela cobiça e nada mais. Me importa muito pouco se ela foi muito esperta ou muito estúpida”, acrescentou o juiz, que, por sua vez, descreveu Clayton como “um bom patrão, atento e compassivo, que ainda ofereceu uma segunda chance à acusada”.
Durante o julgamento, o juiz ressaltou que Carol tinha “total confiança” do músico, já que aparecia como titular em duas de suas contas, uma credibilidade que a mesma usou para expedir 181 cheques bancários e desviar importantes quantidades de dinheiro durante quatro anos.
A primeira evidência destes crimes veio à tona em 2008, quando Carol foi obrigada a confessar que havia reservado viagens para Nova York e Londres (para uso pessoal) por um valor de 15 mil euros.
Mas, investigações posteriores revelaram que a ex-assistente do músico do U2 chegou a comprar 22 cavalos de corridas com o dinheiro da estrela, além de ter feito luxuosas férias, adquirido roupas e calçados de grife e dado um carro de presente para um de seus filhos.
A acusada começou a trabalhar como empregada em uma das mansões de Clayton em 1992, mas acabou se tornando sua assistente pessoal, enquanto seu então marido desempenhava tarefas de motorista e cozinheiro.
O casal recebia um salário conjunto de quase 50 mil euros anuais e também vivia de graça em casa do músico. No entanto, após a separação do casal em 2007, Clayton manteve o salário completo para Carol.
Além da pena de sete anos, o juiz McCartan também ordenou que a renda que Carol receberá com a venda de seu apartamento em Nova York deverá ser usada para devolver parte dos US$ 3,5 milhões roubados.