Estreia neste domingo (30), às 23h15, no Multishow, o Batalha de DJs, primeiro reality show entre DJs amadores do Brasil. Com 11 episódios e dez participantes, o vencedor ganha um contrato de R$ 50 mil e um curso profissional em São Francisco, nos Estados Unidos.

Com apresentação da jornalista Renata Simões e direção de Ricardo Pompeu (Brazil´s Next Top Model, Por um Fio, Desafio da Beleza), os dez participantes são divididos em dois grupos, cada um deles tem como mentores Maestro Billy, do Caldeirão do Huck, e o jornalista e DJ Camilo Rocha.

Após a definição de qual grupo obteve o melhor desempenho em cada missão, o mentor do grupo vencedor escolhe um participante de cada grupo para se enfrentar em uma batalha para permanecer na casa. As batalhas acontecem em casas noturnas mantidas em sigilo e os clientes dessas baladas escolhem o vencedor de cada disputa.

A reportagem do Virgula Música entrevistou Camilo Rocha, que falou sobre mercado, os critérios de avaliação baseado no padrão TCR (técnica, carisma e repertório) e elegeu seus artistas favoritos da eletrônica atual. Leia a seguir:

Há alguns anos, seria impensável um reality com DJs. O que veio junto com a massificação da eletrônica?

Seria mesmo. Mas esta aí um lado muito positivo da massificação, agora os DJs tem um reality. E é um reality sério, onde queremos mostrar o que envolve a profissão, seu lado artístico, seu lado técnico. É quase um manifesto pela cultura do DJ de verdade e que chega em ótima hora. Espero que alguns pseudo-DJs e celebrity DJs arrumem um tempinho para acompanhar.

Que qualidades, na sua opinião, um bom DJ deve ter?

No programa, estabelecemos, por ideia do Billy, padrão TCR – técnica, carisma e repertório. O grande DJ tem os três. Vale lembrar que “carisma” não é fazer pose de Jesus na cabine. E repertório tem muito a ver com uma característica que noto em todos os caras bons, que é uma obsessão doentia por ouvir e acumular música de todo tipo. 

Conceitualmente e esteticamente, o que mudou na eletrônica desde que você começou a se interessar pelo assunto?

Conceitualmente, acho que mudou pouca coisa. A experimentação, o uso da tecnologia e sua fetichização, a importância da textura, da sonoridade e do ritmo, a música aberta e remixável, tudo isso são conceitos que compõem a música eletrônica faz algumas décadas. Esteticamente, é outra coisa. Estamos falando de quase 30 anos de envolvimento. Muitos gêneros e propostas estéticas vieram e foram. E muitas voltaram. O momento atual, na real, é de muita reciclagem. 

Hoje em Barretos existem DJs que tocam sertanejo, assim como há DJs de rock, de todos os estilos. No programa como era a divisão entre gêneros, existiam DJs que não fosse de eletrônica?

Existem DJs de pop, flashback, eletrônico e hip hop. Mas no programa eles são obrigados a encarar todo tipo de gênero e tem que sair completamente da sua zona de conforto. São desafios complicadíssimos. Mas não posso falar mais do que isso.

Quem acha mais relevante na eletrônica hoje no Brasil e no mundo?

Gui Boratto, Psilosamples, Gop Tun, Pedro Zopelar, Lucas Santtana, Dorgas.

Veja apresentação de Camilo Rocha no Batalha de DJs

Maestro Billy

Veja a casa do programa

SERVIÇO

Batalha de DJs

Multishow, todo domingo, às 23h15, com reprises às segundas-feiras às 2h30, quartas-feiras às 3h30 e sextas-feiras às 3h.


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'Espero que celebrity e pseudo-DJs acompanhem', diz jurado de 'Batalha de DJs'