Existe a velha história de que a gente só dá valor para as pessoas quando elas morrem. No caso de Tom Jobim, morto em 1994, aconteceu o contrário. Tom sempre foi reconhecido como um dos mais importantes compositores, músicos e cantores do Brasil, e hoje, a pergunta é como treze anos de pois de sua morte sua obra continua viva na nossa memória.

Uma das possíveis respostas para essa pergunta são as inúmeras regravações que músicos de todos os gêneros vêm fazendo das canções de Tom, e não só em território brasileiro.

Tom começou profissionalmente no início da década de 50, onde o que chamava atenção num cantor era, antes da beleza, o que as música dizia, o ritmo, a qualidade técnica do arranjo e claro, o sentimento. E nisso o carioca era fera.

O time de intérpretes internacionais de Tom é grande. Passa por Frank Sinatra, Josee, Eumir Deodato, Ella Fitzgerald, Elza Laranjeira, Lenita Bruno, Eliane Elias, Rosa Passos, Sylvia Telles, Joyce, Joe Henderson e Astrud Gilberto. Ufa, entre outros.

No caso da cantora holandesa Josee Koning, a história é curiosa. Apaixonada pela música de Tom, ela aprendeu o português para poder cantá-la, quando seria mais fácil traduzi-la para o holandês.

Mas nem só de nomes internacionais é composto o time. Somam-se a eles João Gilberto, Maysa, Agostinho dos Santos, Nana Caymmi, João Donato, Leila Pinheiro, Maria Bethânia, Gal Costa, Ney Matogrosso, Elis Regina, – uma das poucas a dividir um disco inteiro com Tom – e de novo, tantos outros.

Recém-saídos do forno os discos Jobim Jazz, do violonista Mário Adnet, e Piano – Tom Jobim, de Fábio Caramuru, dão nova vida à obra de Tom, explorando outro ponto do compositor: sua qualidade como músico.

Nova geração entrou na onda de Tom

Até a nova geração de cantores se rendeu à poesia de Tom. Ana Carolina em seu disco de estréia gravou Beatriz e Retrato em Branco e Preto, cujos versos marcados pela guitarra da cantora ganharam até um ar de deboche, mas com classe.

Fernanda Porto estourou com a versão drum’n’bass de Só Tinha de Ser com Você, gravada por Tom com Elis em 1974. Curioso é imaginar o que Tom acharia de ver sua bossa-nova servindo de trilha para uma festa eletrônica, as famosas raves. Você tem alguma idéia?

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Regravações mantém obra de Tom Jobim viva

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