A artista e humanista Erykah Badu causou polêmica durante entrevista concedida em janeiro ao website norte-americano Vulture. O assunto era empatia por pessoas, até por criminosos e autores de violência. “Sou humanista, vejo o bem em todas as pessoas. Vi algo bom em Hitler”, disse ela ao jornalista David Marchese na ocasião. Ele questionou a frase de Erykah, mas ela reafirmou e acrescentou: “Hitler era um excelente pintor”.
Em entrevista recente ao The Guardian, a cantora disse que não se arrepende das declarações. “Jamais me arrependeria de uma mensagem de amor. Sinto muito por ser mal interpretada, mas não sinto pode ter dito”, comentou. Erykah afirmou que qualquer pessoa que leia a entrevista completa é capaz de entender o significado dos comentários feitos sobre Hitler.
“Aprendi que comigo, tudo o que eu faço é uma ação política. Tudo que eu digo tem um fundo político por alguma razão”, disse ela. Mas Badu fica surpresa ao ver outras pessoas se interessarem por sua “política”. Essa não foi a primeira vez que a artista disparou comentários polêmicos. Em 2016, em um debate sobre o direito de uma escola exigir que meninas vestissem saias longas na Nova Zelândia, Badu disse não concordar com o tratamento de meninas como presas, mas que não achava incomum meninos se sentirem atraídos por meninas vestindo saias curtas. “É a natureza deles”.
Erykah Badu é considerada diva do neo soul e uma das artistas mais excêntricas da atualidade. Música sempre fez parte da vida da cantora. “Havia um rádio no banheiro da minha avó materna que ficava o tempo todo ligado. Aos sete anos de idade, ganhei um piano do meu avô paterno. Sem aulas de música, apenas ‘aqui está o piano’. Acho que criei 20 músicas na primeira semana”, contou ela na entrevista ao The Guardian.