A DJ Analy Rosa ficou famosa no Brasil inteiro quando integrou o reality show Big Brother Brasil.
A simpática curitibana de 32 anos falou com o Vírgula sobre a caminhada de sua carreira, a gravidez e sobre o novo programa que comanda na rádio Jovem Pan todas as sextas.
Como foi o começo no Paraná e como é o circuito da house music de Curitiba?
Analy: O começo aconteceu em 1997, quando descobri a música eletrônica e comecei realmente a me interessar pelo trabalho dos DJs aqui. Curitiba foi uma das capitais pioneiras a introduzir a cena no Brasil e desde o início o público aqui teve a oportunidade e escutar música eletrônica de melhor qualidade, influenciada diretamente pela cena inglesa. Desde então, me apaixonei e fui morar em Londres para conhecer um pouco mais da essência das batidas eletrônicas, em 1998. Hoje temos ótimos clubes aqui em Curitiba, assim como em Santa Catarina. Aqui toda semana temos a oportunidade de apreciar top DJs da cena mundial, além de nomes fortes da cena nacional. A house music comanda a cena não só aqui, mas no Brasil inteiro.
Segundo o seu blog, você já completou 32 semanas de gravidez e continua tocando. Qual a sensação de ser uma mãe-DJ agora?
Adoro o que eu faço e se meu médico permitisse tocaria até o dia do parto, mas como não é possível por causa das viagens longas de avião, paro na semana que vem e só volto em outubro. Sinto que meu filho vai ser influenciado pela minha profissão, não tem jeito. O pai Alan Pierre também toca e nós dois amamos música. Mas deixarei o Theo à vontade para fazer suas escolhas na vida. Acho que meu filho vai curtir ser filho de DJs. No mínimo diferente. Gostoso vai ser ele viajar muito e conhecer desde cedo tantos lugares legais junto comigo.
Muitas vezes as mulheres bonitas são cobradas em dobro. Você acredita que sua beleza já tenha colocado seu talento em xeque?
A beleza só ajudou até hoje na minha carreira, abrindo muitas portas. Mas com certeza existe um preconceito da parte de outros profissionais e do público. Juntando o preconceito sobre a beleza com o preconceito de ser BBB… Imagina a cobrança? Muita gente pagou ingresso para ver se eu realmente tocava depois de ter saído da casa do BBB ou se era só marketing. Mas eu adoro escutar os elogios que vem depois e ver as pessoas surpresas na balada, dançando e se divertindo comigo comandando as pick-ups. Amo tocar e é isso que importa. O resto reflete em cada apresentação, pois faço com muito amor.
Até que ponto o fato de você ser ex-BBB ajudou na sua carreira de discotecagem?
Ajudou muito. Como falei anteriormente, existe sim o preconceito, principalmente dos DJs, pois é muito difícil você ter a visibilidade que um DJ almeja na sua carreira. E eu obtive através do BBB. Abriu portas e me deu a oportunidade de mostrar o meu trabalho para o Brasil todo. Hoje todo mundo conhece a DJ Analy Rosa. Continuo batalhando meu espaço, cuidando do meu nome e da minha imagem como profissional, mas com certeza dei muitos passos à frente em muito pouco tempo.
Você estudou discotecagem antes de começar na noite. Você trabalha com turntablism ou live PA também?
Eu já trabalhava na noite como promoter antes de aprender a discotecar assim como já curtia muito ver os DJs discotecando. Ficava namorando a cabine de som em todas as festas. Ali sempre foi o melhor lugar da festa para mim. Foi quando decidi fazer o curso de DJ e começar a tocar em 2005. Eu toco com CDJs e acabei de concluir meu curso de produção musical. Em breve terei músicas próprias inspiradas pelo meu filho, pois paro de tocar por dois meses, mas começo a produzir imediatamente neste período. Pretendo, sim, voltar com músicas minhas já, lançar CD e inovar o máximo que eu puder nesta minha nova fase como DJ e produtora ainda neste ano.
Qual o sentimento de tocar com o Fatboy Slim em rede nacional?
Foi incrível tocar na casa com Fatboy Slim. Quando isso aconteceria na minha vida??? Foi um sonho maravilhoso. Foi uma surpresa muito legal que a direção do programa preparou para mim. Estava seca para tocar naquela casa. Me realizei tocando e ainda por cima com Fatboy Slim. Norman Cook é extremamente carismático, além de ser um dos maiores produtores do mundo. Me sinto lisonjeada e realizada!
E o Na Balada, da Jovem Pan? Como está a resposta do público ao programa?
Todas as sextas, 1h da manhã, um público de cinco milhões de pessoas tem a oportunidade de conhecer meu trabalho em 56 cidades. A resposta está sendo muito positiva e é gratificante fazer parte do elenco do programa.
O que você está preparando para as próximas edições do programa?
Sempre procuro trazer novidades sem fugir do estilo do programa e da própria Jovem Pan, que é uma rádio pioneira em mostrar com exclusividade novidades que rolam nas baladas. Toda semana tem novidade, uma faixa nova, uma re-edição de uma música que fez a galera dançar anos atrás, assim como produção de DJs nacionais que são meus amigos e me presenteiam com suas músicas. Sem frescuras, divulgo as músicas que toco nos blogs, para que todo mundo possa tocar.
Abre seu case para a gente, Analy. Conta quais as novidades que você está colocando na pista e quais os clássicos que nunca saem de moda.
Deadmau5 sempre tem uma produção surpreendente que vira hit nas pistas. Este nome não falta no meu case. Assim como Gui Boratto e “Beautiful Life”, que pra mim foi a música de 2007. Nesta linha house, não pode faltar a Swedish House Mafia, composto por Steve Angello, Sebastian Ingrosso, Axwell e Prydz, que sempre estão trazendo novidades nos re-edits das músicas antigas como Be X Show me Lov. Um clássico que todo mundo chora quando escuta é Silence, que agora apareceu com uma nova versão Noel vs Thomas Gold.
Pra quem quer conferir mais, é só escutar DJ Analy toda semana de quinta para sexta, 1h da manhã, no NA BALADA JOVEM PAN.