Neste domingo (10), o mundo pop perdeu suas cores com a morte de David Bowie. O camaleão do rock nos deixou aos 69 anos devido a um câncer que lutava há 18 meses. Ícone de vários ícones, ele viveu várias vidas em uma, e tudo em que colocou a mão, transformou em arte, inclusive sua morte, segundo artigo do The Independent.
Em seu mais recente vídeo, Lazarus, do disco Blackstar, lançado na última sexta (8), dá a entender que o cantor inglês já estava prevendo seu fim chegando perto e quis colocar isso no trabalho. As primeiras frases da música (Olhe aqui, eu estou no céu. Tenho cicatrizes que não podem ser vistas. Olhe aqui, cara, eu estou em perigo. Não tenho nada a perder) podem ser entendidas como se ele estivesse lutando contra a doença.
O produtor e músico Tony Visconti, que trabalhou com Bowie em Blackstar, escreveu em sua página do Facebook confirmando que ele fez o disco como forma de despedida: “Ele fez Blackstar para nós, é seu presente de despedida. Por um ano eu soube que seria dessa maneira. Porém, eu não estava preparado para isso. Ele era um homem extraordinário, cheio de amor e vida. Ele sempre vai estar conosco. Por enquanto, é apropriado chorar “.
Como homenagem, deciframos algumas mensagens contidas no vídeo de Lazarus, que dão total sentido a esse adeus do mestre. Por exemplo, a ressurreição de Lázaro é um dos milagres de Jesus, segundo a Bíblia. Outra coisa: os botões nos olhos de Bowie, no vídeo, podem ter relação com a mitologia grega do Barqueiro de Caronte, que colocava duas moedas nas vistas dos mortos para pagar o barqueiro responsável por levar suas almas para Hades. Ou seja, até em sua morte, Bowie foi um gênio. Assista abaixo:
Relembre em fotos o estilo e transformação de Bowie: