CamilaCara-MRossi Lana Del Rey

O mais notável de Lana Del Rey, que se apresentou no Lollapalooza 2018 neste domingo (25) é que mesmo sendo uma popstar, ela não esconde suas fraquezas. Talvez este seja o segredo da sua empatia.

Enquanto fumava um cigarro, no fim do show, a diva de 32 anos mostrou ter perdido o controle sobre o tempo e estava em dúvida entre tocar Sumertime Sadness ou Off to The Races. Acabou escolhendo a primeira.

“E disso que se trata a música, ficar junto e sentir a energia”, falou, profeticamente, antes de caminhar entre as palmeiras do cenário e mergulhar no escuro.

Mesmo à noite, fazia um calor de 30 graus neste verão que nunca acaba. As colinas do Onix estavam tomadas de gente. O domingo foi o único dia em que houve fila para entrar na loja de merchandise oficial. Também havia filas para recarregar a pulseira nos caixas. Circular voltou a ficar complicado, a exemplo que já havia acontecido no sábado.

Foi o dia em que as pessoas chegaram mais cedo. Alguns estavam exaustos ao fim dos três dias, mas a grande maioria estava ávida por se jogar no frescor do The Neighbourhood, na elegância de Khalid ou ainda de fritar no Palco Perry com Cat Dealers, Dillon Francis e Hardwell.

O The Killers, headliner do palco principal, e que atraía as principais atenções da noite ao lado de Lana Del Rey mostrou musculatura para merecer o posto. Faz tudo certo, é um show previsível, mas não há nada que o fã goste mais que receber o que já espera. Ouvir os hits, cantar todas as letras junto, voltar sem voz e sem conseguir andar direito depois de tanto pular.

O show começou cadenciado como um baile e logo acelerou em direção à uma catarse roqueira, daquelas de lavar a alma.

A apresentadora do Multishow Dedé Teicher fez uma participação especial no show e roubou a cena.

O Lollapalooza 2018 encerra com novo patamar de gigantismo. O cansaço não é pequeno, mas a saudade será maior.


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Encerramento do Lolla vai da fossa de Lana Del Rey à catarse do The Killers

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