Investidores de Bogotá, Dubai e Berlim estarão presentes na edição do Rock in Rio que começa neste domingo (25) em Lisboa com a atenção voltada para seu potencial expansão a esses países, afirmou em entrevista à Agência Efe a vice-presidente do festival e filha do fundador, Roberta Medina.

“Estamos trabalhando com a Colômbia e vamos ter uma comitiva sua nesta edição, assim como mais de 50 pessoas dos Estados Unidos, entre empresas e investidores de peso”, detalhou a empresária brasileira, de 36 anos.

É preciso acrescentar ainda “uma comitiva de Dubai e outra de Berlim”, de acordo com a organizadora, convencida que “vai ser muito divertido!”.

Até agora são três as cidades que receberam o festival – Rio de Janeiro, Madri e Lisboa -, e, nesta edição, segundo Roberta, a capital da Espanha foi descartada por razões econômicas, mas também por outros motivos.

“Tem a ver com a situação econômica do país e com as prioridades do público” que, no caso da Espanha, “vive mais da tradição da rua que de eventos fechados”, comentou.

Segundo Roberta Medina, “o mercado publicitário investe muito mais em cultura e entretenimento em Portugal que na Espanha”, países nos quais existem “diferenças de comportamento” neste âmbito.

Mesmo assim, “não queremos deixar a Espanha de nenhuma maneira”, acrescentou, antes de mostrar-se convencida que o festival estará de novo em território espanhol no próximo ano.

Embora o Rock in Rio tenha sido fundado no Rio de Janeiro em 1985, já foram realizadas mais edições em Portugal que no Brasil, onde está confirmado que voltará em 2015.

Na opinião de Roberta Medina, o fato de Lisboa ser a única anfitriã do festival neste ano se traduziu em um volume significativo de vendas internacionais, cerca de 8% do total, sobretudo, em Espanha, França e Inglaterra.

Para o sucesso de vendas também contribui a presença dos Rolling Stones, para cujo show já se esgotaram todos os ingressos, muitos deles em mãos de brasileiros.

São aguardadas 350 mil pessoas nesta edição, um impacto econômico estimado de 63 milhões de euros e nove mil trabalhadores nos dias do evento, o que transforma o festival em uma “ferramenta de promoção da cidade, em nível nacional e internacional”.

A programação é “imbatível”, só comparável segundo Medina a da primeira edição quando, lembra, o Queen se apresentou diante de 300 mil pessoas no Rio.

A sexta edição do Rock in Rio Lisboa – realizado a cada dois anos desde 2004 – tem shows programados para os dias 25, 29, 30, 31 de maio e 1º de junho no Parque Bela Vista da capital lusa.

A abertura será responsabilidade do britânico Robbie Williams, que se apresentará no Palco Mundo e, em seguida, será a vez de Ivete Sangalo, a única artista brasileira que participou de todas as edições do Rock in Rio Lisboa.

Após uma pausa de três dias, a festa voltará com o show mais esperado no dia 29, o dos Rolling Stones.

No dia seguinte, e mantendo a onda rock, o festival voltará a soar com os americanos do Linkin Park, uma das bandas mais solicitadas e seguidas no site oficial do evento.

No dia 31, o Palco Mundo receberá uma homenagem de um grupo de artistas portugueses ao falecido António Variações, cantor e compositor luso que fez história na música de seu país. Depois chega a banda canadense Arcade Fire, que se apresentará pela primeira vez no Rock in Rio.

Outra estrela desta edição em Portugal é o americano Justin Timberlake, cujo show foi considerado o melhor do Rock in Rio Brasil 2013, que reuniu cerca de 85 mil pessoas na Cidade Maravilhosa.


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Em Lisboa, Rock in Rio quer atrair investidores de Bogotá, Dubai e Berlim