**Confira a galeria de fotos da coletiva de imprensa

Ed Motta, dono de bons adjetivos da crítica musical, está de casa nova. O músico passou a fazer parte da Trama, uma das maiores gravadoras do cenário independente no país. Agora, Ed divide com Max de Castro, Wilson Simoninha, Jair Oliveira e mais vários artistas a residência.de uma casa que defende o lema de qualidade e liberdade artística de seus músicos.

Para o cantor, o peso dessa característica foi fundamental. “Existe uma concepção, cabeças pensando na coisa, no artístico. Não quero parecer um puxa saco, mas admirava aqui antes de estar”, disse Ed em coletiva de imprensa.

Para a Trama a chegada do cantor vai além de ser um bom músico a estar na gravadora, uma coisa política, uma abertura para o mercado carioca, já que Ed tem boa aceitação no Rio de Janeiro. É a primeira vez que um artista sai de uma multinacional, a Universal, com quem ainda ainda tinha contrato para dois discos, e é transferido para uma gravadora independente.

” Meu histórico de Magers (grandes gravadoras) sempre foi muito bom, minha passada pela Universal e tal. Mas uma coisa é você acreditar numa força. Deus mora no detalhe, sempre foi um desejo meu, quis estar próximo do que é novo”, completou Ed. O cantor ainda ousou a plagiar o slogan de campanha do presidente eleito, Lula, ao dizer que a esperança venceu o medo. “É uma coisa que me dá orgulho. Pode dar certo, a liberdade pode sim ser luicrativa e viável, tudo isso culminou com o momento que elegemos um presidente como esse, me emociona”, desabafou.

Recentemente, Ed Motta foi chamado pela revista inglesa Time Out de “renaissance man” (renascentista) por seus dotes de arranjador, crítico de gastronomia, quadrinhos e cinema. O 7º álbum do cantor começa a ser gravado no início de 2003 no estúdio da Trama, em São Paulo.

A entrada do músico está somada a comemoração de 4 anos da Trama, que acabou de lançar ao mercado sua Distribuidora Independente. O intuito é usar a experiência de divulgar artistas que não estão nos topos das paradas das rádios. “Precisa abrir a porta para quem está começando, ou vamos esperar o Caetano Veloso fazer 70 anos?”, brincou João Marcelo Boscolli, presidente da gravadora. A Independente vai distribuir diversos selos e artistas independentes cuja proposta tenha o mínimo de parentesco com a da gravadora.

No embalo, a gravadora também está lançando um novo de consumo de músicas, a Piromania. Através da internet será possível montar um CD de 12 faixas, escolher a capa e recebê-lo em casa. “A diferença, afirma Boscolli, está na qualidade, que é a mesma de um CD.”


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Ed Motta passa a fazer parte da Trama