No finalzinho da noite de sábado, 13, enquanto pessoas voltavam para suas casas após absorverem um dia todo de música na 2ª edição do Maximus Festival, em São Paulo, hits de diversos estilos musicais ecoavam em suas cabeças, e até eram cantados em vagões do metrô. Seja In The End, do Linkin Park, Bro Hymm, do Pennywise, Seasons In The Abyss, do Slayer, ou Killing In The Name, do Rage Against The Machine, e Fight The Power, do Public Enemy, ambas tocadas pelo Prophets of Rage. Uma mistureba de estilos que fez a cabeça da galera.
Essa junção de heavy, trash metal, hardcore e rap foi o que angariou 35 mil pessoas ao Autódromo de Interlagos, tornando o festival um sucesso (maior do que a edição de 2016) e o colocando ao lado de outros grandes nacionais, como Rock In Rio e Lollapalooza. Em conversa entre amigos, uma pessoa do público chegou a compará-lo como se fosse a união dos extintos Monsters of Rock e SWU. Faz sentido.
Os shows:
Das atrações, quem levou a bola da vez foi o Slayer e o Prophets of Rage. O grupo peso pesado de Kerry King e Tom Araya apresentou a melhor qualidade técnica de som, e com clássicos como Raining Blood e War Ensemble fez os headbangers colocarem seus pescoços para trabalharem. A banda separou os meninos dos homens. Já o supergrupo liderado por Tom Morello não deixou ninguém parado com riffs conhecidíssimos do ‘Rage Against’. Em outro momento, os frontmans B-Real e Chuck D fizeram todos balançarem os braços com hinos do rap.
Pouco antes quem fez bonito foram os trevosos Ghost e Rob Zombie. Com temáticas satânicas e de terror trash, os dois enfrentaram o calor da tarde e mesmo assim suas maquiagens se mantiveram intactas e consistentes, assim como suas apresentações. A banda sueca, que tem Papa Emeritus III como vocalista, não teve medo do sol e passeou por seus três discos de carreira num show curto.
Logo após, Zombie fez metaleiros saudosos se emocionarem com hits do White Zombie e suas músicas solo que falam de Franksteins, King Kongs, Dráculas e mulheres mortas que voltaram à vida. Porém, ao contrário do Ghost, o cantor se mostrou bastante incomodado com o sol, reclamando várias vezes. Mas, assim como um zumbi que é difícil de derrubar, o de carne e osso foi até o fim da apresentação e saiu ovacionado.
E claro, teve Linkin Park, que fechou a noite mostrando canções do novo álbum, One More Light, que nem foi lançado ainda. Chester Bennington e Mike Shinoda também fizeram todos cantarem com Crawling, Somewhere I Belong, Faint, Numb, e mais uma porrada de músicas que a gente ouve nas rádios, TVs, supermercados, academias, etc, e sabe cantar de cor. Foi bonito.
Mas e o hardcore? Calma. O estilo comeu solto no Palco Thurder Dome, que ficava separado dos maiores Maximus e Rockatansky, com Rise Against, Pennywise, Flatiners e os brasucas Dead Fish, responsáveis por entupir o local de gente às 13h. Pergunte se alguém ficou parado por um segundo? O vídeo abaixo, gravado durante o show do Rise Against, lhe responde.
Saldo: positivo é pouco. O evento pode acontecer tranquilo em 2018 que, se repetir a mistura de estilos dessa edição, o público retornará feliz, assim como um cliente que sai satisfeito de uma loja e faz questão de voltar. Vida longa ao Maximus Festival.
Confira mais fotos abaixo:
Maximus Festival 2017