Erico Toscano Rico Dalasam

E aí, bee, já viu o novo clipe do Rico Dalasam? Riquíssima, faixa favorita de muita gente que pirou no EP Modo Diverso, lançado em 2015, ganhou vídeo dirigido por Oga Mendonça, com cenas do rolê do rapper de 26 anos pelo Reino Unido. “Posso rodar o mundo e ainda assim não pertencer a lugar nenhum plenamente. Achei que era só um recorte local entre centro e periferia, mas tenho tido o prazer de viver esse não lugar. Riquíssima é o significado dessas descobertas que acontecem ainda enquanto estou produzindo meu primeiro disco”, afirma o MC do Taboão.

Primeiro rapper gay, negro e periférico brasileiro a conquistar espaço na mídia, em 2014, o álbum de estreia do ícone do futuro está programado para o meio do ano. Misterioso, ele não conta muito sobre o que está armando, se migrará da onda trap/futurista em direção a praias mais brasucas, uma das marcas registradas dele, que dialoga com um espectro que vai do funk da favela ao funk da Motown, com escalas pelo rap, MPB, samba, forró, R&B e o que mais vir. “Não sou daqui nem de lá”, resume.

Dalasam apenas dá pistas. “A música árabe e a música nordestina se encontram hora ou outra nas minhas novas músicas. Talvez a temperatura de onde elas nascem seja um fator em comum. Vou ferver mais, celebrar mais e sacudir nossos melhores orgulhos. Preparem o espírito”, afirma. Na surdina, ele espalha bombas por aí, como um guerrilheiro em campo minado. Se alguém pisar em falso, boom, já era.


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Do funk da favela ao funk da Motown, o Dalasam não cansa de espalhar bombas

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