Depois da divulgação de uma foto de Michael Jackson morto em uma maca durante o julgamento do doutor Conrad Murray, nesta terça-feira (27), surge agora uma gravação de Michael ao telefone, notadamente sob efeito de drogas pesadas, na qual mal se pode entender suas palavras.
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Advogados de Conrad Murray alegam que Michael Jackson pode ter bebido medicamento
No dia 10 de maio de 2009, o ex-médico de Michael gravou uma ligação do Rei do Pop em seu iPhone. No áudio, a voz de Jackson está irreconhecível e ele parece completamente desorientado. De acordo com a acusação, a gravação prova que Murray estava ciente do estado de saúde de Michael e não tomou providências para reverter o quadro.
No áudio, Michael diz, claramente alucinado: “Temos que ser fenomenais. Quando as pessoas saírem desses shows, quando as pessoas saírem do meu show, quero que elas digam ‘eu nunca vi nada assim na minha vida. Eu nunca vi nada assim. É incrível. É o maior entertainer do mundo’. Eu vou pegar aquele dinheiro, um milhão de crianças, um hospital para crianças, o maior do mundo, o hospital de crianças do Michael Jackson.”
Conforme foi divulgado no tribunal, nas semanas anteriores à morte de Michael, o cantor estava com calafrios, tremendo e divagando, mas Murray continuou dando o medicamento Propofol ao cantor.
O produtor da turnê This Is It, Kenny Ortega, faz parte das testemunhas contra o médico. Em um e-mail datado de 20 de junho de 2009, Ortega escreveu um e-mail demonstrando preocupação e levantou a hipótese de cancelar a turnê, devido ao péssimo estado do artista em alguns ensaios. “Ele deveria ser avaliado psicologicamente”, disse Ortega, que foi repreendido por Murray: “Michael está fisicamente e emocionalmente bem. Eu sou o médico”, disse.
Murray é o único acusado pelo falecimento do cantor, morto por a uma intoxicação aguda de remédios em 25 de junho de 2009. Caso seja considerado culpado por homicídio culposo, o médico pode passar quatro anos na prisão.