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Você já deve ter ouvido falar dos “Atletas de Cristo”, não é? Um grupo de esportistas que fazem questão de dedicar seus bons resultados a Jesus. Na música, algo semelhante acontece.
Ainda no período da escravidão, os EUA viram surgir a música gospel, também chamada de música evangélica. Artistas e bandas que aproveitaram seu destaque para pregar a palavra de Deus. Há alguns anos, do desdobramento da música evangélica nasceu a música cristã, com um princípio semelhante.
Mas o mais difícil é levar esse estilo musical ao mercado secular (contrário de mercado religioso) e ao grande público. Pois os quatro exemplos que vamos citar aqui conseguiram exatamente isso.
Você já ouviu falar de Stacie Orrico? A música “Stuck” certamente você já ouviu. Essa jovem de 17 anos vendeu milhões de cópias de seu CD de estréia e trouxe uma promissora voz ao mercado fonográfico.
Poucos sabem, mas Stacie é uma cantora cristã. Embora não fale diretamente de Deus em suas faixas, a intenção da cantora é levar uma palavra de apoio e conscientização a jovens como ela.
Ainda falando de importantes revelações da música, chegamos ao Apocalipse 16, novata banda do rap nacional. Desde 1997, Luo, Charles MC e DJ Betico apresentam uma faceta diferenciada do rap.
No ano passado, Luo lançou seu álbum solo, RevoLUOção. O músico, que se converteu ao cristianismo após enfrentar problemas com alcoolismo, quase desistiu do rap em 1995, quando o que prevalecia no cenário musical era o chamado ‘gangasta rap’, um estilo que exalta a violência: “O rap naquele momento ia contra tudo que eu estava buscando”.
Repensando sua decisão, Luo decidiu mostrar uma nova música, transmitir uma mensagem de fé e esperança ao público: “Passei a falar de coisas que outros rappers deixaram de valorizar, acrescentei citações da Bíblia e de Cristo”.
O Catedral seguiu o caminho oposto. Depois de nascer na Igreja Presbiteriana e seguir dentro da música gospel durante 10 anos, a banda abdicou do mercado segmentado e partiu para o público secular. Com a entrada em uma nova gravadora, Kim, Cezar, Julio e Guilherme resolveram adotar uma linha mais pop/rock.
Apesar da transformação, o Catedral procura levar ao grande público ainda uma mensagem de crítica social. Mas hoje pode fazer isso aliando a sua música um tom popular e até romântico.
A banda sofreu sim o preconceito daqueles que não aceitam essa guinada na carreira. Mas os caras garantem que a única opinião que lhes interessa é a de seu fiel público.
Rodolfo também sofreu preconceito. Foi tachado de louco por aqueles que não entenderam como ele podia deixar, no auge de seu sucesso, uma banda tão famosa como o Raimundos para criar uma banda cristã, o Rodox.
Ao longo de três anos, o Rodox deixou a música cristã de lado e também caiu de cabeça no mercado secular. Mas Rodolfo garante que hoje canta apenas aquilo em que acredita, diferentemente da época do Raimundos. Para o vocalista, tornar-se evangélico foi a solução encontrada para abandonar de vez as drogas e a vida desregrada: “Eu era muito louco. Tinha minhas drogas e a minha mulher tinha as dela. A gente brigava demais. Umas amigas resolveram fazer alguns cultos em casa, mas eu sempre dava um jeito de fugir. Até que um dia eu fiquei e gostei. Foi coisa de Deus”.
Depois disso, decidiu que sua música deveria levar essa palavra de consolo a outros que também precisavam. Isso sem deixar de lado o rock pesado e a música eletrônica, características fundamentais do som do Rodox.
Certamente a música gospel e a música cristã chegaram para ocupar um importante espaço no mercado. Como diz Canisso, guitarrista do Rodox, a mídia já não tem como fugir dessa nova realidade.