Pussy Riot
O defensor público russo, Anatoli Lukin, pediu nesta terça-feira (12) ao Supremo Tribunal da Rússia revisar a sentença da integrante do grupo punk Pussy Riot Nadejda Tolokonnikova, condenada a dois anos de prisão.
“A defesa de Tolokonnikova apelou à condenação e apoiamos essa apelação, já que essa sentença é severa demais para sua falta”, declarou Lukin à imprensa russa.
Maria Alejina e Ekaterina Samutsevich, estão em liberdade condicional desde outubro de 2012, foram condenadas a dois anos de prisão por “vandalismo motivado por ódio religioso”, após encenar uma prece “punk” opositora na catedral ortodoxa Cristo Salvador de Moscou.
“Foi uma ação incorreta, claro, mas cabível de um castigo administrativo, não uma sanção penal”, disse o defensor público, que não excluiu enviar um representante à audiência de apelação de Nadejda no Supremo.
Por sua parte, o Comitê de Instrução (CI) da Rússia anunciou hoje que voltará a estudar uma denúncia da ativista sobre ameaças recebidas por parte de presas e da administração da prisão IK-14, situada na república russa da Mordóvia, onde cumpria sua pena.
A denúncia da Pussy Riot, que chegou a entrar em greve de fome para exigir sua transferência para outro presídio, inicialmente não foi amparada no processo.
Posteriormente, as autoridades penitenciárias russas informaram que Nadejda se encontra em processo de mudança para outra prisão, embora essa realocação pudesse levar várias semanas.
“Recebemos informação que, com uma probabilidade de 90%, Nadejda está sendo transferida ao penal IK-50, que se encontra na cidade Nizhni Ingash, na região de Krasnoyarsk”, disse Piotr Verzilov, o marido da ativista, na última semana.
O presídio de IK-50 se encontra na Sibéria, a cerca de 4,5 mil quilômetros de Moscou, e o processo de transferência já dura três semanas.